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Livro dos Provérbios


TEMA CORRELATO: Antigo Testamento.

Um livro poético em devoção prática. Segue o Livro de Salmos na coleção hebreia e também nas versões grega, latina e inglesa. A palavra hebreia que significa provérbio envolve mais que máximas. Inclui também a fábula, o enigma, a sátira, a parábola (Is 14.4; Ez 17.2).  † 

As várias partes do livro de Provérbios são: 1. O título, 1.1-6, descritivo do livro inteiro; declara que o propósito da coleção era: “Para se aprender a sabedoria e a instrução… com as palavras dos sábios, e seus enigmas” designando-o como provérbios de Salomão, filho de David, rei de Israel. Este título, porém, não afirma que o livro em todas as suas partes é de Salomão (cp. Sl 72.20, assim como todos os salmos não são atribuídos a David; veja os títulos dos salmos 42 a 50). 2. Conteúdo principal. I. Elogio à sabedoria, 1.7 a 9.18; um poema didático na forma de conselhos de um pai a seu filho, e projetado especialmente para jovens. II. Os provérbios de Salomão, 10 a 22.16 máximas arranjadas sem nenhuma ordem precisa e consistindo principalmente de duas sentenças em contraste. III. Sem subscrição formal, mas que pode ser encontrada no versículo de abertura, comparado com as palavras 24.23 de homens sábios, 22.17 a 24. 22. Entre estas palavras há um poema das adversidades do ébrio, suplementado pelos ditados do sábio, contidas em 24.23-34, inclusive uma ode sobre o preguiçoso. IV. Os provérbios de Salomão, que foram copiados pelos servos de Ezequias, 25 a 29; tendo todas as características do provérbio popular, e consistindo em sentenças expressivas não só de duas, mas também de três, quatro, ou cinco cláusulas paralelas cada uma. Três apêndices: (1) As palavras de Agur, 30; ditados enigmáticos em que os números tomam parte significativa. (2) As palavras do rei Lemuel, 31.1-9; máximas da vida prática a ele endereçadas por sua mãe. (3) Elogio da mulher virtuosa, 31.10-31; um poema no qual cada um dos vinte e dois versos começa com uma letra do alfabeto hebreu em ordem regular.

A atribuição particular de certas seções do livro a Salomão, e de outras seções aparentemente a outro autor, indica que Salomão não foi o autor de toda a obra; e o título da quarta seção: “Estes também são provérbios de Salomão, que os homens do rei Ezequias de Judá transcreveram”, é uma evidência válida de que o livro de Provérbios não recebeu sua presente forma antes do reinado de Ezequias. A breve introdução (1.1-6) que apropriadamente descreve o livro inteiro, e o poema ao elogio da sabedoria (1.7 a 9.18) não são atribuídos a Salomão, são como um prefácio aos provérbios de Salomão, que seguem imediatamente, ou mais provavelmente a todas as máximas da sabedoria que constituem o restante do livro. A introdução e o poema podem, consequentemente, com segurança serem atribuídos à mão e ao cérebro de um outro homem literário, do que a Salomão, e serem datados não antes do reinado de Ezequias.  A segunda e a quarta secções, capítulos 10 a 22.16 e 28 a 29, ou quase dois terços de todo o livro, são atribuídas a Salomão. A ausência de uma polêmica contra a idolatria foi considerada como prova de que os provérbios nestas seções, foram originadas ou colecionadas depois que cessou a grande campanha dos profetas contra o paganismo. Pode-se judiciosamente indicar como prova que eles antedatam a época da campanha. Se a ausência da polêmica prova alguma coisa, evidenciam que estes provérbios foram colecionados ou antes da divisão do reino e da vitória da idolatria, ou depois do exílio, quando a idolatria perdeu sua atratividade. As palavras destas respectivas seções, embora não estabeleçam sua atribuição a Salomão, são escritas em puro hebreu.  Está livre da ortografia estrangeira e seus formulários, tal como os que são encontrados em alguns livros que foram escritos imediatamente antes do exílio ou subsequentemente a ele. Além disso a literatura proverbial é muito antiga. Entre os hebreus também ela apareceu bem cedo (1 Sm 24.14; 2 Sm 12.1; Jz 9.7). Que os provérbios foram compostos e coletados por Salomão há muito se admite (Pv 25.1; 1 Rs 4.32; 10.1 e seg.; Ecclus. 47.13-1). Os títulos, portanto, que atribuem as máximas nestas duas seções do livro dos Provérbios, com segurança podem serem considerados como autênticos. — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©


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