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Dia do Senhor


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Dia do Senhor, dia especialmente associado com nosso Senhor Jesus Cristo. A expressão ocorre uma única vez no N. T., onde João diz:  “fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor” (Apoc. 1. 10) [A frase anterior é da versão corrigida de Almeida, a que segue é a de Figueiredo: “fui arrebatado em Espírito um dia de domingo.”] Várias interpretações foram oferecidas. 1. Diz-se que João fala do sábado ou sétimo dia da semana, que o próprio Deus chamou  “Meu santo dia” em (Is. 58. 13). Mas se pretendeu referir-se ao sétimo dia, é estranho que ele não tenha usado a designação habitual. 2. Assegura-se ser o dia do nascimento do Cristo. Mas aquele dia é desconhecido, e não era conhecido ou observado pela igreja primitiva. 3. Há contendas se a expressão dia do Senhor é a mesma como a emprega S. Pedro em 2 Ped. 3. 10, onde indubitavelmente significa o dia do segundo advento, e João declara que ele estava em êxtase, na visão, no dia do julgamento. Mas João está aparentemente datando sua visão. Na sentença precedente menciona o lugar onde ele estava quando recebeu a revelação, a ilha de Patmos; e declara a razão de estar nessa ilha. Nesta sentença ele declara o dia quando teve a visão. Deve-se notar também que ele não fala do dia do Senhor, que é a designação constante do dia do segundo advento, mas usa o adjetivo kuriaké; uma distinção que foi sempre observada depois entre o dia do segundo advento e o primeiro dia da semana quando o Cristo ressurgiu da morte. 4. Pensa-se que João possivelmente queria  significar o aniversário da ressurreição. Mas nenhum dos primeiros pais da igreja pode ser citado ou para esta interpretação ou para este uso da designação do dia do Senhor. 5. A sexta-feira ou dia da crucificação, todavia, parece não ter recebido nenhuma honra especial dos apóstolos. Ela terá que ser reservada para domingo ou dia da ressurreição. 6. No próprio dia da ressurreição, nosso Senhor apareceu a seus discípulos (Lucas 24 13-49; João 20 1-25). Depois de oito dias, que de ordinário significa uma semana, Jesus pela segunda vez honrou o primeiro dia da semana (João 20. 26). Desde que o Pentecostes ocorreu cinquenta dias depois do segundo dia dos pães asmos (Lev. 23. 11, 15; veja: Festas judaicas), provavelmente caiu no primeiro dia da semana no ano da crucificação do Cristo; e então a efusão do Espírito Santo aconteceu no primeiro dia da semana (Atos 2.1). Os cristãos em Trôade no tempo de Paulo parece ter considerado aquele dia como o dia que eles estavam acostumados a se reunir para repartir o pão (Atos 20. 7). No mesmo dia da semana os cristãos deveriam reservar o dinheiro que eles intencionavam dar em caridade (1 Cor. 16. 2). Estas passagens, nos ajudam a raciocinar em princípios gerais, que a grande maioria dos cristãos devem considerar o dia do Senhor como um dia reservado pelo exemplo de nosso Senhor e de seus apóstolos para propósitos sagrados, guardando alguma relação com o sábado dos dez mandamentos: veja sábado. Podemos acrescentar ainda que alguns membros da igreja primitiva não fizeram nenhuma distinção entre os dias,  inclusive festas e sábados sagrados judeus e possivelmente o primeiro dia; com ou sem razão estimavam todos os dias semelhantemente. Eles não devem ser julgados severamente, representavam o temor de Deus (Rom. 14. 5). Alguns dos judeus convertidos continuaram mantendo o sétimo dia e os festivais judeus. Era uma questão de liberdade (Col. 2. 16), contanto que o convertido não considere a observância como necessária a salvação (Gal. 4. 10). — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©  † 


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