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Apóstolo


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(AFORISMOS)

OUTRAS REFERÊNCIAS AO TEMA



Os 12 Apóstolos do Cristo. — Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu (Veja também Natanael); Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi também quem o traiu. — Mateus 10.2.


Apóstolo. [Um enviado, um mensageiro, um embaixador. (Jo13.16)]  † 

1. Um dos homens selecionados por Jesus para ser testemunha ocular dos acontecimentos da sua vida, vê-lo depois da sua ressurreição, e dar testemunho à Humanidade relativamente a ele (Mt 10.2-4; At 1.21-22; 1 Co 9.1). Eles foram escolhidos sucessivamente no primeiro período da vida pública do Salvador. Primeiro veio André e seu irmão Simão, o bem conhecido Simão Pedro (Mt 4.18-20; 10.2; Mc 1.16-18; Lc 6.14; Jo 1.35-42); então proximamente Tiago e João, filhos de Zebedeu (Mt 6.21,22; 10.2; Mc 1.19,20; Lc 6.14); semelhantemente vieram Filipe e Natanael, chamado também Bartolomeu (Jo 1.43-51); e subsequentemente mais seis, a saber: Mateus, também chamado Levi (Mt 9.9-13; Mc 2.14-17; Lc 6.13-16; At 1.13); Tomé; Tiago o filho de Alfeu; Simão o Zelote ou Cananeu; Judas, o irmão de Tiago; e Judas Iscariotes (Mt 10. 1-4; Mc 3. 16-19; Lc 6. 13-16; At 1.13). Os apóstolos foram considerados como homens analfabetos pelos mais altos dignitários Judeus, que tiveram ante eles Pedro e João (At 4.13). Parecem terem querido dizer que os apóstolos tinham recebido apenas instrução elementar em lugar de ensino superior. Jesus deu grande atenção a seu treinamento espiritual; ainda assim, até o fim eles não haviam conseguido entender sua missão, acreditando que estava para instalar um reino temporal antes que espiritual (Mt 20.20-28; Mc 10.35-45; At 1.6); eles dormiram na hora de sua agonia no jardim (Mt 26.40), e permaneceram a distância no dia da sua morte na cruz (Mt 26.56; Mc 14.50); foram frequentemente chamados discípulos ou pupilos (Mt 11.1; 14.26; 20.17; Jo 20.2). Pedro, Tiago o filho de Zebedeu, e João, parecem ter possuído uma compreensão mais clara das instruções do Mestre e uma apreciação mais alta dele que os outros; em três ocasiões diferentes destacaram-se do resto por um privilégio especial. Eles estavam no quarto quando a filha morta de Jairo reviveu ( Mc 5.37; Lc 8.51); estavam presentes na transfiguração (Mt 17.1; Mc 9.2; Lc 9.28), e também no jardim de Getsêmani durante a agonia (Mt 26.37; Mc 14.33). Pedro embora precipitado e impetuoso em suas palavras, era constitucionalmente o mais indicado à liderança. Ele geralmente é mencionado primeiro, mas nem sempre (Gálatas 2.9). João era o discípulo que Jesus peculiarmente amou (Jo 19.26; 20.2; 21.7, 20)  Tomé era evidentemente escrupuloso, mas creu quando a prova que ele buscava era completa. Judas provou ser um traidor, entregando seu divino Senhor à morte por causa do lucro, e então arrependido, cometeu suicídio. O passo tomado para preencher seu lugar mostra que o número dos apóstolos, fixado originalmente em doze, necessitava ao menos por um tempo, ser mantido; razão provavelmente era que deveria haver tantos apóstolos quanto as tribos de Israel. Dois homens possuindo as qualificações necessárias foram apresentados, um era José Barsabás, chamado Justo, e o outro Matias. A sorte caiu sobre Matias, que portanto foi eleito em lugar de Judas (At 1.15-26; comp. com o v. 20 e Salmo 109.8). A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes produziu uma transformação espiritual nos apóstolos, preparando-os para o grande trabalho a que eles foram chamados, a evangelização do mundo (At 2.1-47). Para isto eles imediatamente adereçaram-se, Pedro e João tomaram a frente (At 3.1 a 5.42; 9.32 a 12.18). Tiago também era zeloso, porque ele ficou tão servil às autoridades judias que eles o mataram com a espada (At 12.2). Paulo foi divinamente escolhido e indicado para o árduo trabalho de pregar o evangelho aos gentios (At 9.1-31; 22.5-16; 26.1-20). Ele não conviveu com Jesus enquanto nosso Senhor esteve na Terra, mas possuiu a qualificação apostólica de ver Jesus depois da sua ressurreição. A caminho de Damasco Jesus apareceu-lhe e falou com ele, mudando sua hostilidade em apaixonada devoção. Ele pôde dizer:  “Não sou eu apóstolo? não vi eu a Nosso Senhor Jesus-Cristo?” (1 Co 9.1). Paulo era um homem altamente educado, e capaz de dirigir-se às audiências cultas dos gentios em Atenas, em Roma, e noutros lugares. Nem as aquisições intelectuais dele afastaram-no de seu devido trabalho. Seus labores foram tão pródigos que o registro deles enche mais ou menos a metade do livro chamado Atos dos Apóstolos. Onde os vários apóstolos trabalharam, como viveram, e como morreram, só é conhecido ocasionalmente, pela evidência duvidosa da tradição. Uma questão, no entanto, e importantíssima, é colocada pela tradição numa base segura, a saber, que nenhum segundo Judas apareceu entre eles; todos foram fiéis até o fim; e alguns pelo menos, senão talvez a maioria, selaram seu testemunho a Jesus com seu sangue.


2. A palavra apóstolo é ocasionalmente aplicada no N. T. num sentido menos restrito a homens de dons apostólicos, pela graça, por seus trabalhos, e sucessos. É notavelmente aplicada a Barnabé, que foi enviado com Paulo (At 13.3; 14,4,14). Esse nome foi aplicado também uma vez a Jesus, em Heb 3.1. — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©


AFORISMOS E CITAÇÕES

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