O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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Lembranças de Célia

25|06|1941


1 Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, proporcionando-lhes muita tranquilidade espiritual ao coração.

2 Comungo com vocês em nossa mesa de amor, confortando-me com o pão da afetividade de suas almas carinhosas. Essa, filhos, é uma santa eucaristia do espírito, que nos traz muitos bens mutuamente.

3 Naquele dia ou, aliás, naquela noite, Rômulo, de suas preces, ao lado dos companheiros, estive presente nas lembranças consoladoras de Célia. As festividades tão familiares de Campos me comoveram o coração e não quis perder o ensejo de ir orar na companhia dos amigos de Leopoldina. Com isso, não quero dizer que nos constitua dever comemorar a data de 18 de junho em feição especial. Sou mesmo de parecer que não o façamos, porque devemos compreender os exemplos de Célia, em todos os dias de atividade espiritual, e as comemorações particulares, mesmo íntimas, poderiam de alguma sorte perturbar a tarefa universal de seu glorioso espírito com os desígnios de Jesus. Estejamos sempre na posição de quem sabe receber suas bênçãos e cuidemos de nossos trabalhos cheios da paz do Mestre e da esperança em Deus.

4 O símbolo da chave luminosa é um traço apenas da linguagem da esfera espiritual, quando não existem outros recursos para a fixação de mensagem definida. O quadro representava que, naquelas horas de lembranças coletivas, a atenção de Célia era mais detida junto aos problemas propriamente humanos, em virtude da lei das vibrações naturais. Os hábitos, quando santos, são sancionados pela Providência Divina e o costume tradicional da Cristandade, de colocar determinados dias sob a atenção carinhosa de determinados servos leais de Jesus Cristo, representa uma recordação muito interessante e sagrada por ligar a memória dos que souberam trabalhar com o esforço daqueles que se encontram no mundo aprendendo a fazê-lo. A chave simbolizava possibilidade de fazer alguma coisa e não podemos nos esquecer de que, em todos os dias que passam, há servos gloriosos do Altíssimo velando com Jesus pelos destinos do orbe inteiro.

5 Grandes serviços são prestados à comunidade humana por esses trabalhadores abençoados e fiéis. Os cristãos antigos chamam esses serviços de “bênçãos” e, em verdade, não temos outra designação mais oportuna. O 18 de junho tem dado à Célia, e a outros servos de Deus, a quem se consagram as reminiscências desse mesmo dia, ocasiões para grandes esforços pelo bem dos homens. Não precisarei citar muitos exemplos. Ainda agora vocês contemplavam uma fotografia da estátua do Duque de Wellington. Devo lembrar-lhes de que a batalha de Waterloo se faria a 18 de junho de 1815, onde se decidiram supremos benefícios para a coletividade humana. Nesse instante, Célia e outros filhos do Altíssimo oravam com a alma redimida fixada no bem de seus irmãos. E é interessante notar que o feito se verificou num monte que trazia o nome de São João. Outra particularidade interessante sobre datas é que esta cidade, à cuja margem vocês vivem, trabalhando conosco, se fundou há 50 anos, em 17 de junho. Tudo isso é muito interessante, mas não é casual. E a vida, meus filhos, vai desenrolando sempre a sua caixa de surpresas e ensinamentos vivos.

6 Para você, Wanda, uma palavrinha de afetuosas lembranças do coração: o vovô tem estado consigo sempre que possível, orientando-a no que lhe é razoável fazer. Que Deus abençoe a minha boa neta, derramando sobre o seu coração os eflúvios sacrossantos de Seu divino e paternal amor.

7 Deixo-lhes, meus filhos, a minha afeição agradecida de sempre. E misturando as nossas saudades da Terra com as esperanças preciosas do céu, abraça-os o papai que não os esquece,


A Joviano


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