10|10|1945
1 Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita paz espiritual e saúde física.
2 A nossa oração é uma fonte de fortaleza. Abeberarmo-nos em sua divina corrente é aproximarmo-nos Daquele que constitui a luz de nossos destinos.
3 Neste mundo, onde trocamos ideias e fora dele, a prece, meus filhos, será sempre para nós o bendito manancial de renovação da energia. Vocês, naturalmente, no decurso rápido das lutas diárias, não podem inventariar as invocações, os chamados, as rogativas que os círculos inferiores lhes dirigem a cada hora. Toda criatura, e principalmente, quando essa criatura está em pleno crescimento espiritual, com o amadurecimento da razão, recebe súplicas e apelos de variada natureza. 4 São as vozes inarticuladas da organização doméstica, dos interesses privados, da vida social, dos que se encontram indiretamente ligados aos seus caminhos, dos que lhes observam os passos, dos serviços diversos a que se dedicam, das “entidades fragmentárias” da natureza, enfim, de todos os círculos por onde cruzam os pés. Se essa criatura não possui a escada luminosa e invisível da oração, a fim de confiar ao Pai de Infinita Misericórdia as suas preocupações e problemas, muito dificilmente atenderia a qualquer tarefa verdadeiramente edificante.
5 É necessário aprender o caminho de Deus para que as sendas dos homens, muitas vezes em labirintos ingratos, não nos perturbem a mente. Observam, certamente, como é complexa e esmagadora a existência de companheiros nossos encarnados que, até hoje, se afastam da estrada real e divina da oração. Inegavelmente, eles vivem, todavia, raramente constroem algo de bom nos círculos a que foram chamados a viver. Guardem vocês essa lâmpada incessantemente. A prece fiel do coração indicará sempre o rumo acertado. E que Jesus abençoe a organização espiritual a que se consagram, no mais íntimo da alma, são nossos votos ardentes! Os outros virão depois. Não existem “dois caminhos” nesse setor. A confiança em Deus, com aproveitamento dos valores divinos nas lições de cada dia, é a única estrada de acesso às regiões superiores da vida. As experiências variam, estruturam-se as portas de variadas maneiras e em diversos materiais, entretanto, “o rumo” será sempre o mesmo para todos.
6 Estamos satisfeitos com a possibilidade aberta a novo trabalho de André Luiz. n Esse amigo, atendendo a solicitações de companheiros daqui fará a descrição possível de alguns detalhes do Umbral (ou zona inferior), a que a quase totalidade dos encarnados aportam nos primeiros dias no Além. Agora que completamos justamente dez anos de intercâmbio sempre incessante, é muito interessante para mim convidar a atenção de vocês para os quadros que se seguirão, pelo menos, nos capítulos próximos. 7 Descreverá ele o que for possível, porque autoridades superiores determinaram em contrário aos nossos desejos de narrativas mais detalhadas dos sofrimentos purgatoriais. Convém que os aprendizes da verdade recebam o ensinamento com dosagem e calma. Refiro-me ao assunto porque também fui abrigado em organização similar a que o autor passará a descrever no capítulo a iniciar-se. Semelhantes valores informativos são preciosos por nos renovarem as concepções referentes à “Esfera próxima”. Comentamos os fatos em caráter construtivo para acentuar as nossas lições e fixá-las no espírito. Que Jesus nos abençoe!
8 Maria, você e Wanda deverão mesmo usar o Pulmonina por mais dias. Os “resíduos gripais”, arquivados nos órgãos respiratórios, especialmente na pleura, causam distúrbios e sensações doloridas. É o que ocorre a ambas. Rômulo também poderá fazer o mesmo. O corpo físico é também como a casa física. Muita gente revolta-se pelo fato de necessitar medicação continuada, prolongada e incessante, esquecendo que a residência da Terra requisita providências de higiene e reconforto diariamente. Para nós aqui é acontecimento dos mais naturais vê-los preocupados em se medicarem convenientemente. Trata-se de medida das mais lógicas, porque também nós aqui somos compelidos a recursos relativos à mesma finalidade, embora sob outros prismas.
9 No que for possível, meu caro Rômulo, cooperarei com você em sua luta presente na esfera do trabalho funcional. Esperemos, trabalhando. Paulo de Tarso foi instrumento do grande ensino de “que tudo coopere para o bem dos que amam a Deus”. E nós faremos quanto esteja ao nosso alcance pela sua paz. Vamos trabalhando pelo Roberto. Será uma alegria para nós todos se o êxito escolar vier como desejamos.
10 Rendamos graças ao divino Mestre por todas as bênçãos recebidas. E que ele esteja sempre em nossos corações, norteando-nos as atitudes no caminho da vida, são os votos do papai que lhes deixa um abraço muito afetuoso,
A. Joviano
[1] Nota da organizadora: Refere-se ao livro Obreiros da Vida Eterna.