O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Seara dos médiuns — Emmanuel


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Força mediúnica

Reunião pública de 26-2-1960.

Questão n.º 226 - § 2.º


1 Considerando-se a força mediúnica como recurso inerente à personalidade humana, de vez que, dentro de grau menor ou maior, transparece de todas as criaturas, comparemo-la à visão comum.

2 Efetuado o confronto, reconheceremos que, em essência, os olhos de um analfabeto, de um preguiçoso, de um malfeitor e de um missionário do bem não exibem qualquer diferença na histologia da retina.

3 Em todos eles, a mesma estrutura e a mesma destinação.

4 Imaginemos fosse concedida, aos quatro, determinada máquina com vistas à produção de certos benefícios, acompanhada da respectiva carta de instruções para o necessário aproveitamento.
5 O analfabeto teria, debalde, o aparelho, por desconhecer como deletrear o processo de utilização.
6 O preguiçoso conheceria o engenho, mas deixá-lo-ia na poeira da inércia.
7 O malfeitor aproveitá-lo-ia para explorar os semelhantes ou perpetrar algum crime.
8 O missionário do bem, contudo, guardá-lo-ia sob a sua responsabilidade, orientando-lhe o funcionamento na utilidade geral.


9 Força medianímica, desse modo, quanto acontece à capacidade visual, é dom que a vida outorga a todos.

10 O que difere, em cada pessoa, é o problema de rumo. Nisso reside a razão pela qual os Mensageiros Divinos insistirão, ainda por muito tempo, pela sublimação das energias psíquicas, a fim de que os frutos do bem se multipliquem por toda a Terra.
11 Não valem médiuns que apenas produzam fenômenos.
12 Não valem fenômenos que apenas estabeleçam convicções.
13 Não valem convicções que criem apenas palavras.
14 Não valem palavras que apenas articulem pensamentos vazios.


15 A vida e o tempo exigem trabalho e melhoria, progresso e aprimoramento.

16 Mediunidade, assim, tanto quanto a visão física, representa, do ponto de vista moral, força neutra em si própria.

17 A importância e a significação que possa adquirir dependem da orientação que se lhe dê.

18 Por isso mesmo, os amigos desencarnados, sempre que responsáveis e conscientes dos próprios deveres diante das Leis Divinas, estarão entre os homens exortando-os à bondade e ao serviço, ao estudo e ao discernimento, porquanto a força mediúnica, em verdade, não ajuda e nem edifica quando esteja distante da caridade e ausente da educação.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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