O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Renascimento espiritual — Familiares diversos


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Luís Eduardo Cacciatore

NASCIMENTO: 05 de março de 1970 — DESENCARNAÇÃO: 12 de abril de 1984

Luís Eduardo Cacciatore, aos 6 anos de idade foi acometido pela Leucemia Linfóide Aguda. Com vários anos de tratamento em radioterapia e quimioterapia, a doença parecia ter chegado ao fim.

Passado algum tempo, aos seus 12 anos de idade, é obrigado a um novo tratamento. Evidenciavam traços do retorno da moléstia, que levou mais dois anos sob os cuidados médicos.

Desencarnou aos 14 anos.

Em sua curta existência, Luís Eduardo esforçava-se para combater a doença que o consumia. Estimulava-se muito na ginástica e no esporte. Praticava hóquei sobre patins.

O médico que o assistia sugeriu o seu afastamento dessa modalidade esportiva por achá-la demasiadamente desgastante ao seu estado físico. Ele recusou o conselho médico continuando a praticá-la.

Luís Eduardo não conseguiu vencer está partida com a vida. Sua vovó Maria veio ao seu encontro.

É de se notar também em sua mensagem o encontro com um amigo que se deu a conhecer por “Tio Pinelli”. Este tio, quando encarnado, chamou-se Euclydes e era conhecido por “Pinelli”. Luís Eduardo não o conheceu em vida, fato que marcou profundamente a família por não terem em suas lembranças a imagem desse Espírito, por ocasião da visita ao Chico Xavier.

Também não conheceu seu bisavô Fernando.


MENSAGEM


“Não me suponham transformado no muro da indiferença. Não é isso. É que estou aprendendo a amá-los com pensamentos mais altos que nos induzem todos à precisa renovação espiritual.

1 Querida mãezinha Niltes e querido papai Fernando, recebam com o Luciano os meus pensamentos de paz e alegria.

2 Compreendo-lhes o desejo de notícias novas. Quem ama quer sempre confirmações e mais confirmações. 3 As mensagens entre esses corações queridos, se tornam alimento espiritual e noto aqui, na Vida Maior, que a ligação entre pais e filhos não foge à regra.

4 Posso dizer-lhes que vou seguindo para a frente com as melhores esperanças. Tratamentos e reajustes passaram. Agora estou em forma para o trabalho que me reservaram aqui. Até agora, já consegui exercitar assistência a irmãos doentes, em hospitais diversos.

5 De tanto lidar com meu próprio caso, sempre rodeado de dores, aprendi o caminho do serviço aos nossos amigos considerados em posição grave de saúde.

6 Isso tem sido para mim um exercício dos mais úteis porque nós, os rapazes de minha faixa, que estimávamos tanto ginástica e tantos jogos esportivos que nos favorecessem a forma física, por aqui reconhecemos que existe uma ginástica diferente, aquela da alma que se inclina sobre outra alma prisioneira do corpo, de modo a lhe apagar os ápices de sofrimento e inquietações.

7 Esse trabalho, mãezinha Niltes, venho realizando com o meu bisavô Fernando, cuja paciência e compreensão representam exemplos dos mais altos em meu benefício.

8 De nossos familiares, reconheço que tudo prossegue sem novidades que possam causar qualquer intranquilidade e rendo graças a DEUS por isso… entretanto, noto o nosso Luciano um tanto nervoso e difícil, especialmente quando me dirige seus pensamentos. Desejo pedir ao irmão que se acalme e conserve a confiança em DEUS. Luciano precisa ser o moço forte, compreensivo que se desenvolve tanto na inteligência, quanto no coração. Não espero vê-lo irritado e descontente com a vida. De minha parte, farei o possível para que ele cresça cada vez mais nos estudos e nas aspirações de ordem superior.

9 Aqui a vovó Maria Delgado continua a dispensar-me assistência maternal e reconheço que somente a paz em nós se fará paz nos outros e muitas outras disciplinas vou adquirindo para ser realmente útil.

10 Mãezinha Niltes e papai Fernando, agradeço-lhes todos os auxílios que me endereçam. Prometo retribuir-lhes o devotamento, um dia, quando puder de meu lado imitar-lhes os gestos de bondade e compreensão para conosco.

11 Encontrei aqui um amigo que se deu a conhecer por “Tio Pinelli”, com quem vou aprendendo valiosas lições.

12 As saudades são as mesmas dos primeiros dias de minha transferência para cá, mas o meu bisavô Fernando vem me ensinando que as saudades são formas de apelo ao trabalho do bem e que, servindo aos outros quais se os outros fossem os nossos que tanto amamos, transformaremos gradativamente os nossos sentimentos, para que as nossas saudades não se façam lamentações e sim ocasiões para trabalhar e servir sempre mais com a vontade de DEUS, do que com a nossa própria vontade.

13 Não me suponham transformado no muro da indiferença. Não é isso. É que estou aprendendo a amá-los com pensamentos mais altos que nos induzem todos à precisa renovação espiritual.

14 Com o meu coração nas palavras, peço aos pais queridos para me abençoarem e rogo ao Luciano aceitar o meu abraço de otimismo e confiança.

15 Muito carinho com saudades muitas do filho e irmão que os ama cada vez mais.

16 Sempre o filho e irmão agradecido,


Luís Eduardo

Luís Eduardo Cacciatore


ESCLARECIMENTOS


Pais: José Fernando Cacciatore e Niltes Aparecida Pinelli Cacciatore.

Endereço: Rua Teodoreto Santo, 958, Aclimação, CEP 01539-000, São Paulo, SP.

Irmão: Luciano Cacciatore.

Bisavô: Fernando Cacciatore, desencarnado em 1951.

Tio Pinelli: Euclydes Pinelli.

Vovó Maria: Maria Delgado, bisavó materna, desencarnada em 1975.


Rubens S. Germinhasi


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