O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Religião dos Espíritos — Emmanuel


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Ante falsos profetas

Reunião pública de 30-3-1959.

Questão n.º 624.


1 Acautela-te em atribuir aos falsos profetas o fracasso de teus empreendimentos morais.

2 Recorda que todos somos tentados, segundo a espécie de nossas imperfeições.

3 Não despertarás a fome do peixe com uma isca de ouro, nem atrairás a atenção do cavalo com um prato de pérolas, mas, sim, ofertando-lhes à percepção leve bocado sangrento ou alguma concha de milho.

4 Desse modo, igualmente, todos somos induzidos ao erro, na pauta de nossa própria estultícia.

5 Dominados de orgulho, cremos naqueles que nos incitam à vaidade e, sedentos de posse, assimilamos as sugestões infelizes de quantos se proponham explorar-nos a insensatez e a cobiça.

6 É preciso lembrar que todos somos, no traje físico ou dele desenfaixados, Espíritos a caminho, buscando na luta e na experiência os fatores da evolução que nos é necessária, e que, por isso mesmo, se já somos aprendizes do Cristo, temos a obrigação de buscar-lhe o exemplo para metro ideal de nossa conduta.

7 Não vale, assim, alegar confiança na palavra de quantos nos sustentem a fantasia, com respeito a fictícios valores de que sejamos depositários, no pressuposto de que venham até nós, na condição de desencarnados; pois que a morte do corpo é, no fundo, simples mudança de vestimenta, sem afetar, na maioria das circunstâncias, a nossa formação espiritual.

8 “Não creias, desse modo, em todo Espírito” ( † ) — diz-nos o Apóstolo —, porquanto semelhante atitude envolveria a crença cega em nossos próprios enganos, com a exaltação de reiterados caprichos.

9 O ouvido que escuta é irmão da boca que fala.

10 Ilusão admitida é nossa própria ilusão.

11 Apetite insuflado é apetite que acalentamos.

12 Mentira acreditada é a própria mentira em nós.

13 Crueldade aceita é crueldade que nos pertence.

14 De alguma sorte, somos também a força com a qual entramos em sintonia.

15 Procuremos, pois, o Mestre dos mestres como sendo a luz de nosso caminho. E cotejando, com as lições d’Ele, avisos e informes, mensagens e advertências que nos sejam endereçados, desse ou daquele setor de esclarecimento, aprenderemos, sem sombra, que a humildade e o serviço são nossos deveres de cada hora, para que a verdade nos ilumine e para que o amor puro nos regenere, preservando-nos, por fim, contra o assédio de todo mal.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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