O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Reconforto — Emmanuel


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Na terra do coração

1 Cultivemos os frutos do Evangelho em nós mesmos, para que não nos faltem garantias à sementeira de paz e renovação.


2 Lembremo-nos de que o solo do coração, de algum modo, é semelhante à terra comum.


3 Para que o lavrador possa controlar a própria tarefa, efetua, primeiramente, as contas imprescindíveis, marcando as leiras que lhe receberão os cuidados de cada dia.


4 Também nós não podemos viver sem o balanço das possibilidades que nos são próprias.


5 Logo após, o homem do campo defende o trato de chão em que se movimentará, preservando o próprio trabalho contra a incursão de agentes daninhos.


6 Por nossa vez, precisamos guardar o campo íntimo, irradiando sentimentos enobrecidos, entre nós e o mundo externo, para que o assalto de elementos inferiores não nos destrua a esperança.


7 Em seguida, o cultivador deixa que a terra suporte a pressão do arado, para que a boa semente encontre berço amigo.


8 De igual modo, não podemos furtar o próprio espírito ao contato com o sofrimento, que opera em nós condições adequadas à plantação de valores que nos redimam.


9 Mais tarde, vindo a germinação, não dorme o agricultor, de vez que lhe cabe a defensiva constante contra as pragas, a lhe ameaçarem a obra ainda frágil.


10 Também nós outros, não podemos repousar sobre as primeiras conquistas espirituais que realizamos, porque é indispensável vigiar ante os golpes sutis das forças deprimentes que nos rodeiam o esforço.


11 Do amanho da terra à colheita farta, combate o lavrador, dia a dia, até que o fruto precioso lhe enriqueça as mãos.


12 E nós também, das primeiras noções de espiritualidade à seara da própria sublimação, não podemos descansar, porque, de instante a instante, é imperioso corrigir e aperfeiçoar pensamentos e ideais, sentimentos e aspirações no santuário de nossa fé.


13 Não nos esqueçamos de que prudência, cautela, trabalho e devotamento são recursos que não nos será lícito menosprezar na lavoura do aperfeiçoamento próprio, se quisermos converter a própria vida, com o Cristo, em abençoado celeiro de amor e luz.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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