O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Presença de Chico Xavier — Depoimentos diversos / Mensagens familiares


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Mensagem de D. Sarah à sua filha D. Marieta Milene

1 Minha querida filha, Deus te abençoe e nos ampare a todos.

2 Tenho poucos recursos e tempo reduzido para escrever e, assim mesmo, estou no lápis sob o amparo de muitos amigos.

3 Venho pedir a você que não chore mais, e peça a todos para que nos esqueçam como pessoas mortas. Isso nos faz muito mal porque estamos vivos. Vivos e trabalhando para desfazer tanta sombra.

4 Rogo ao Aldo para sobreviver. A morte não é o fim. Meu Deus! como é difícil fazer com que o mundo entenda isso.

5 Peço a ele e a você, tanto quanto à Alene, ao Alcindo e a todos — todos os nossos para nos recordarem na posição de viajantes, que se ausentaram, mas não para sempre.

6 E pelo amor de JESUS, não se refiram mais a supostas virtudes de caridade que me levaram a exigir mais peso ao veículo. Nossas roupinhas não foram a causa disso e nem a tarefa em nossas mãos poderá ser inculpada.

7 E por falar nisso, ninguém acuse o motorista. O carro caiu de tão alto, subtraindo-nos à vida física, porque isso era o melhor que nos podia acontecer.

8 Não percam a fé. Não desanimem. Tudo mudou, mas as nossas obrigações, acaso, não serão as mesmas?

9 Coragem e paciência — é o que nós lhes pedimos. Quando digo nós, quero falar de Aparecida e de sua mãe, minha ilha, porque o Marco e Alcilene, ainda estão em reajuste.

10 Temos aqui hospitais melhores que os melhores do mundo. Tudo será rearmonizado.

11 Vivam! Não abandonem os nossos deveres de cada dia. 12 Afinal, reencontrar-nos-emos, porque todas as criaturas no mundo estão também viajando para a vida superior.

13 Myrthes, ajude-me. Continue insistindo pela conformação de nossos familiares. Estou cansado de esperar a paciência dos nossos diante das leis de Deus.

14 O choro dos filhos cai sobre mim como chuva de fel. Rogo a todos esperança e fé.

15 No fundo da rampa ou pequeno abismo em que nos precipitamos, estava nossa mãezinha Bárbara com tanta gente afetuosa a esperar-nos. Oh! Jesus, não estávamos sozinhos! Almas queridas nos estendiam as mãos.

16 Somente as crianças como flores de vida reclamavam repouso, alívio, paz imediata e calma, assim como os doentes assustados precisam de anestésicos.

17 Rendamos graças a Deus. Só uma cousa devemos temer na vida — fazer o mal e ferir nossa consciência.

18 A dor é socorro, cuja importância na Terra, estamos ainda muito longe de perceber.

19 E a morte — a morte é vida — muito mais intensa a impor-nos trabalho e compreensão. 20 Façam, minhas queridas, o bem que puderem.

21 Retomem o nosso serviço da costura pelos necessitados.

22 Se alguma felicidade encontramos aqui, essa é aquela que nasce de nossos pequenos esforços no amor ao próximo.

23 Filha querida, atenda-nos! Não chore mais, e receba todo o carinho e toda a confiança da mamãe.

Sarah




SARAH BUGANEME — nasceu no município de Sacramento Minas, a 7 de fevereiro de 1911 e desencarnou a 12 de dezembro de 1969, próximo a Ponta Grossa, Estado do Paraná, num desastre automobilístico (o carro se precipitou de uma ponte com 38,5 metros de altura). (Informação colhida de familiares).


Elias Barbosa



Psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, ao final da reunião pública da noite de 20 de fevereiro de 1970, em Uberaba, Minas.


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