O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Parnaso de Além-Túmulo — Autores diversos


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Lucindo Filho

Nascido em Minas Gerais a 16 de agosto de 1847 e falecido em Vassouras a 1 de junho de 1896. Médico, jornalista, compositor musicista e tradutor renomado. Latinista de prol, conta em sua bibliografia Poemetos, Virgilianas, Flores Exóticas, etc.


Sem sombras n

1 Junto ao sepulcro onde a saudade chora
E onde o sonho das lágrimas termina,
Abre-se a porta da mansão divina
Entalhada em reflexos de aurora.


2 Não mais a noite; vive em tudo, agora,
A beleza profunda e peregrina,
Envolvida na luz esmeraldina
Da esperança que vibra e resplendora.


3 Sem as sombras das lutas desumanas,
A alma vitoriosa entoa hosanas,
Ébria de paz e de imortalidade.


4 Não lamenteis quem parta ao fim do dia,
Que a sepultura em cinza escura e fria
É a nova porta para a Eternidade.


Lucindo Filho



[1] Vide nota 3 no fim do volume. [É a nota a seguir.] — Esta produção surgiu de improviso no curso de uma reunião familiar em que se não cogitava de assuntos espíritas. O poeta desencarnou no século passado e o médium é deste século; e conquanto fosse intelectual de prol, a seu tempo, é hoje um nome esquecido, fora dos meios culturais. Ninguém ali o conhecera nem dele se lembraria exceto uma senhora que, em menina, lhe assistira aos funerais, em Vassouras, onde ele tem precioso jazigo.


Texto extraído da 6ª edição desse livro. — Revista e ampliada pelos autores espirituais.

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