O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Livro da Esperança — Emmanuel


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Cada servidor em sua tarefa

“Todo aquele, pois, que escuta as minhas palavras e as pratica assemelhá-lo-ei ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.” — JESUS — Mateus, 7.24.


“Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: “Senhor! Senhor!” — Mas de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe seguem os preceitos?” — Cap. XVIII, 9


1 No campo da vida, cada inteligência se caracteriza pelas atribuições que lhe são próprias.

2 Seja nos recintos da lei, nos laboratórios da ciência, no tanque de limpeza ou à cabeceira de um doente, toda pessoa tem o lugar de revelar-se.

3 Não te afirmes, desse modo, inútil ou desprezível.
E, atendendo ao trabalho que o mundo te reservou, não te ausentes da ação, alegando que todos somos iguais e que, por isso mesmo, não adianta fatigar-se alguém por trazer a nota, em que se particulariza, à sinfonia do Universo.

4 Sim, todos somos iguais, na condição de criaturas de Deus, e todos nos identificaremos harmoniosamente uns com os outros, no dia da suprema integração com a Infinita Bondade, mas, entre a estaca de partida e o ponto de meta, cada um de nós permanece, em determinado grau evolutivo, com aquisições específicas por fazer, conquanto estejamos sob o critério imparcial das leis eternas, que funcionam em regime de absoluta igualdade para nós todos.

5 Em cada fase de realização do aprimoramento espiritual, como acontece, em cada setor de construção do progresso físico, preceituam os fundamentos divinos seja concedida a cada servidor a sua própria tarefa.

6 Isso é fácil de verificar nos planos mais simples da natureza.

7 Num trato de solo, as expressões climáticas são as mesmas para todas as plantas, contudo, a sarça não oferece laranjas e nem mamoeiro deita cravos.

8 Na moradia vulgar, o alicerce é uniforme na contextura, mas o teto não substitui a parede e nem a porta desempenha as funções do piso.

9 Na produção da luz elétrica, a força é idêntica nos condutos diversos, no entanto, o transformador não serve de fio e nem a tomada efetua a obra da lâmpada.

10 No corpo humano, embora o sangue circule por seiva única de todas as províncias que o constituem, olhos e ouvidos, pés e mãos desenvolvem obrigações diferentes.

11 Certo, podes incentivar o serviço alheio, como é justo adubar-se a lavoura para que a lavoura produza com segurança, todavia, a obrigação, hoje, é intransferível para cada um, não obstante a possibilidade dessa mesma obrigação alterar-se amanhã.

12 Realiza, pois, tão bem quanto possível, a tarefa que te cabe e nunca te digas em tarefa excessivamente apagada.

13 Ainda mesmo para o mais exímio dos astronautas a viagem no firmamento principia de um passo no chão do mundo e o mais soberbo jequitibá, da floresta começou na semente humilde.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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