O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Leis de amor — Emmanuel — F. C. Xavier / Waldo Vieira


V


Obsessão

1. — Existe relação entre obsessão e correntes mentais?

Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às correntes mentais. O pensamento é a base de tudo.


2. — Todos temos desafetos do pretérito?

Inegável que todos carreamos ainda, do pretérito ao presente, enorme carga de desafetos.


3. — Qual a nossa posição, depois de desencarnados, quando não somos integralmente bons, nem integralmente maus?

Quando desencarnados, em condições relativamente felizes, guardadas as justas exceções, somos equiparados a devedores em refazimento, habilitando-nos, pelo trabalho e pelo estudo, ao prosseguimento do resgate dos compromissos de retaguarda.


4. — Onde somos defrontados com mais frequência pelos desafetos do passado, na Terra ou no Plano Espiritual?

É compreensível que seja na Esfera física que mais direta e frequentemente nos abordem aqueles mesmos Espíritos a quem ferimos ou com quem nos acumpliciamos na delinquência.


5. — Como poderíamos classificar aqueles que em outras existências nos foram inimigos ou de quem fomos adversários e que, no presente, desempenham, na base da profissão ou da família, o papel de nossos companheiros e de nossos parentes?

São eles as testemunhas de nosso aperfeiçoamento, experimentando-nos as energias morais, quando não lhes suportamos o permanente convívio, por força das provas regenerativas que trazemos ao renascer. Acompanham-nos por instrumentos do progresso a que aspiramos, vigiam-nos as realizações e policiam-nos os impulsos.


6. — Quando estaremos realmente em paz com todos aqueles que ainda são para nós aversões naturais ou pessoas difíceis?

Um dia, chegaremos a agradecer-lhes a colaboração, imitando o aluno que, incomodado na escola, se rejubila, mais tarde, por haver passado sob as atenções do professor exigente.


7. — Como se transformam os nossos adversários do passado?

Nos processos da obsessão, urge reconhecer que os nossos opositores ou adversários se transformam para o bem, à medida que, de nossa parte, nos transformamos para melhor.


8. — As sessões de desobsessão têm valor? Em que condições?

Toda recomendação verbal e todo entendimento pela palavra, através das sessões de desobsessão, se reveste de profundo valor, mas somente quando autenticados pelo nosso esforço de reabilitação íntima, sem a qual todas as frases enternecedoras passarão, infrutíferas, qual música emocionante sobre a vasa do charco.


9. — Em que tempo e situação nos podem atingir os fenômenos deprimentes da obsessão?

Salientando-se que o pensamento é alavanca de ligação, para o bem ou para o mal, é muito fácil perceber que os fenômenos deprimentes da obsessão podem atingir-nos, em qualquer condição e em qualquer tempo.


10. — É preciso que o obsidiado observe a própria vida mental para contribuir para as próprias melhoras?

As correntes mentais são tão evidentes quanto as correntes elétricas, expressando potenciais de energias para realizações que nos exprimem direção, propósito ou vontade, seja para o mal ou para o bem.


11. — Qual o papel do desejo, da palavra, da atividade e da ação no fenômeno obsessivo?

Cada um de nós é um acumulador por si, retendo as forças construtivas ou destrutivas que geramos. Desejo, palavra, atitude e ação representam eletroímãs, através dos quais atraímos forças iguais àquelas que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes.


12. — Quais as consequências para quem se detém em qualquer aspecto do mal?

Deter-nos, em qualquer aspecto do mal, é aumentar-lhe a influência, sobre nós e sobre os outros.


13. — Qual a relação entre as manifestações do sentimento aviltado e os desequilíbrios da personalidade?

Todas as manifestações de sentimento aviltado, quais sejam a calúnia e a maledicência, a cólera e o ciúme, a censura e o sarcasmo, a intemperança e a licenciosidade, estabelecem a comunicação espontânea com os poderes que os representam, nos Círculos inferiores da natureza, criando distonias e enfermidades, em que se levantam fobias e fixações, desequilíbrios e psicoses, a evoluírem para a alienação mental declarada.


14. — O que nos acontece moralmente quando emitimos um pensamento?

Emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em circulação, no organismo da vida, — agente esse que retornará fatalmente a nós, acrescido do bem ou do mal de que o revestimos.


15. — Qual a relação entre os nossos pontos vulneráveis e o retorno do mal que praticamos?

Compreendendo-se que cada um de nós possui pontos vulneráveis, no estado evolutivo deficitário em que ainda nos encontramos, toda vez que o mal se nos associe a essa ou àquela ideia, teremos o mal de volta a nós mesmos, agravando-se doenças e fraquezas, obsessões e paixões.


16. — O que recebemos dos outros?

Assimilamos dos outros o que damos de nós.


17. — Que imagens reflete o espelho da mente?

A mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as imagens que procura.


18. — Qual o nexo existente entre a obsessão e os interesses da criatura?

A obsessão, em qualquer tipo pelo qual se expresse, está fundamente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os interesses da criatura.


19. — As companhias têm influência na obsessão?

Assevera o Cristo: — “Busca e acharás”. ( † )

Encontraremos, sim, os companheiros que buscamos.


20. — Qual a solução mais simples ao problema da obsessão?

Consagremo-nos à construção do bem de todos, cada dia e cada hora, porquanto caminhar entre Espíritos nobres ou desequilibrados sejam eles encarnados ou desencarnados, será sempre questão de escolha e sintonia.


Emmanuel




QUESTIONÁRIO

1. — Existe relação entre obsessão e correntes mentais?
2. — Todos temos desafetos do pretérito?
3. — Qual a nossa posição, depois de desencarnados, quando não somos integralmente bons, nem integralmente maus?
4. — Onde somos defrontados com mais frequência pelos desafetos do passado, na Terra ou no Plano Espiritual?
5. — Como poderíamos classificar aqueles que em outras existências nos foram inimigos ou de quem fomos adversários e que, no presente, desempenham, na base da profissão ou da família, o papel cie nossos companheiros e de nossos parentes?
6. — Quando estaremos realmente em paz com todos aqueles que ainda são para nós aversões naturais ou pessoas difíceis?
7. — Como se transformam os nossos adversários do passado?
8. — As sessões de desobsessão têm valor? Em que condições?
9. — Em que tempo e situação nos podem atingir os fenômenos deprimentes da obsessão?
10. — É preciso que o obsidiado observe a própria vida mental para contribuir para as próprias melhoras?
11. — Qual o papel do desejo, da palavra, da atividade e da ação no fenômeno obsessivo?
12. — Quais as consequências para quem se detém em qualquer aspecto do mal?
13. — Qual a relação entre as manifestações do sentimento aviltado e os desequilíbrios da personalidade?
14. — O que nos acontece moralmente quando emitimos um pensamento?
15. — Qual a. relação entre os nossos pontos vulneráveis e o retorno do mal que praticamos?
16. — O que recebemos dos outros?
17. — Que imagens reflete o espelho da mente?
18. — Qual o nexo existente entre a obsessão e os interesses da criatura?
19. — As companhias têm influência na obsessão?
20. — Qual a solução mais simples ao problema da obsessão?



(Este capítulo foi psicografado por Waldo Vieira.)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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