O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice | Página inicial | Continuar

Jovens no Além — Familiares diversos — 1ª Parte


Augusto Cezar — 3ª Mensagem

— 11 de fevereiro de 1975 —

1 Obrigado, mamãe. Seu filho está igualmente em prece por sua felicidade.

2 A saudade agora é uma oração de esperança. E a esperança é um caminho de amor. Ao trilhar essa estrada bendita de reencontro, você me aparece constantemente em tudo o que vejo de mais belo.

3 Melodias que me alcançam lembram suas cantigas de embalar e flores que afago trazem à memória o seu carinho.

4 No regaço das mães que contemplamos, à cabeceira dos filhos, sinto de novo o calor de sua ternura e nas crianças que nos sorriem revejo o meu próprio retrato, quando chegava em casa, depois da fuga para os brinquedos, e você me abraçava, perguntando aflita e surpreendida: — “Onde estava você, meu filho?”

5 Tanta inquietação pela ausência de minutos como que nos contava alguma coisa da separação que viria depois e das nuvens de saudade em que tatearíamos, chorando, na busca incessante de um coração para o outro. Deus, porém, já dissipou todas as sombras e as nossas lágrimas assemelham-se hoje ao orvalho do amanhecer. Tudo é luz, confiança, alegria e trabalho anunciando vida nova.

6 Neste dia diferente em que nos encontramos, de alma para alma, tenho a impressão de ver a Terra, como sendo imenso jardim, onde todas as mães brilham, quais estrelas que ofuscassem o próprio Sol. Vejo-as todas. Todas são mensageiras do Céu clareando o mundo.

7 Volto-me, no entanto, para o seu colo, imagino-me novamente criança e olhando para o Alto, em minha oração de jubiloso agradecimento, digo sem palavras, com todas as forças do coração:
— “Meu Deus, de todas as mães, na Terra, aquela que me deste é, com certeza, a mais linda!”


Augusto


COMENTÁRIOS


A terça-feira de carnaval traz a D. Yolanda um turbilhão de reminiscências, ligadas à trágica morte de seu filho.

Por isso, nesse poema em prosa, vemos o coração do filho envolvê-la com palavras cariciosas, num cântico maravilhoso em homenagem às mães.

Recordamos de uma estória infantil em que ao procurar a mãezinha perdida, o filho pequeno, sem maiores recursos para caracterizá-la, simplesmente a define como a mãe mais bonita do mundo. E Augusto, lembrando que mãe é atributo do espírito de mulher, sempre nobre, transbordando o seu significado a qualquer limitação social, encerra sua prece-poema dizendo: “ — Meu Deus, de todas as mães, na Terra, aquela que me deste é com certeza a mais linda!”

Na noite em que Francisco Cândido Xavier recebeu esta mensagem, horas antes, alguns amigos presentes, entre os quais D. Yolanda, foram acompanhar o querido médium a uma visita a famílias paupérrimas de um bairro afastado, em Uberaba.

Ali, durante a visita, as crianças presentes, aglutinadas em uma pequena bandinha cantaram uma canção em homenagem a D. Yolanda. Augusto, presente em Espírito, anotou as homenagens e em sua mensagens refere-se ao fato, dizendo: “Melodias que me alcançam lembram cantigas de ninar.”


Caio Ramacciotti


Texto extraído da 5ª edição desse livro.

Abrir