O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Entender conversando — Emmanuel


Capítulo 20


Espiritualidade e vida n

194 — TENTAÇÕES DA FAMA


P. — Você é um homem conhecido mundialmente. Qual sua fórmula para fugir às tentações da fama?

R. Não me considero com créditos para adquirir popularidade. A fama é uma grande oficina de fotografias. Cada amigo ou cada adversário apresenta a imagem que mentaliza e os retratos falados ou comentários vão surgindo. Quanto a mim, nunca precisei estar vigilante contra os inconvenientes da fama. Nada fiz para conquistá-la. Se trabalho sempre é porque preciso aprender a servir. Os Espíritos amigos me ensinam que devo trabalhar pois, sinceramente, não tenho algo de melhor para fazer.


195 — MOMENTO DA DESENCARNAÇÃO


P. — A morte clínica de uma pessoa ocorre quando o cérebro para de funcionar, mesmo que o coração continue batendo. Do ponto de vista espiritual, em que instante ocorre a “desencarnação” da alma?

R. Não é uma ocorrência absolutamente igual para todos. Consideramos por desencarnação o estado do Espírito que já se desvencilhou de todos os liames que o prendiam ao corpo material.


196 — RECURSOS ARTIFICIAIS DE SOBREVIVÊNCIA E EUTANÁSIA


P. — É lícito manter-se uma pessoa viva através de recursos artificiais, (como o caso da norte-americana) n quando não resta esperança de sobrevivência?

R. Em muitos casos a ciência da Terra pode, através de processos artificiais, reter o Espírito no corpo físico, mas sempre a título precário, sem ligação com as definitivas realidades da vida. O caso referido da jovem americana, é um problema na lei de causa e efeito. Muito louvavelmente a ciência do mundo não aplicou a eutanásia, permitindo assim que as leis superiores da existência se manifestassem claramente.


197 — DESARMONIAS CONJUGAIS


P. — Por que são tão raros os casais que vivem em perfeita harmonia?

R. O relacionamento entre os parceiros da vida íntima do lar, na essência, é uma escola ativa de aperfeiçoamento do Espírito. Até que duas criaturas alcancem o amor integral, uma pela outra, é compreensível o atrito, visando o burilamento recíproco.


198 — VINCULAÇÕES EXTRACONJUGAIS


P. — E quando um dos cônjuges não assumindo sua responsabilidade na parte que lhe toca for buscar fora do lar vinculações extraconjugais?

R. Alguém que fira outro alguém, depois dos compromissos afetivos assumidos em dupla, será responsável pela lesão que causar. Para outros e para si mesmo cria dificuldades que só pelo amparo do tempo conseguirá resgatar. Os Espíritos sublimados nas leis do bem aprendem a amar sem exigências e a aceitar as pessoas como realmente são ou estão.


199 — REPERCUSSÕES DOS VÍCIOS NO ALÉM


P. — Você considera o hábito de fumar um suicídio em câmara lenta?

R. O hábito de fumar não pode ser definido como um suicídio consciente considerado. É um prejuízo que o fumante causa a si mesmo, sem a intenção de se destruir. Isto deve ser estudado com esclarecimento, sem condenação, para que a pessoa se conscientize quanto às consequências do fumo, no campo da vida, de forma a fazer as suas próprias opções. Não apenas o fumo, mas outros vícios nocivos à saúde, após o desencarne, continuam a tornar a pessoa dependente, até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do perispírito. Na maioria das vezes este tempo dura o correspondente à perduração do hábito, na existência física da criatura viciada.

 

200 — MEMÓRIA DAS PLANTAS


P. — Você confirmaria que as plantas têm memória?

R. Devo explicar a vocês que responderei suas perguntas ouvindo sempre o nosso devotado Emmanuel, a quem posso e devo atribuir a autoria dos conceitos emitidos. As plantas possuem, compreensivelmente, a memória em construção. Em graus e tons diversos a espiritualidade se encontra em qualquer partícula de vida.


201 — EM TRABALHO COM JESUS E KARDEC


P. — Para encerrarmos, nos diga algo sobre os mais de 50 anos de seu mandato mediúnico.

R. É como se o tempo não tivesse existido na contagem humana das horas. Observo, que se o meu corpo cede à lei do desgaste com o tempo terrestre, meu Espírito se vê cada vez mais interessado e contente. Reconheço plenamente o que as realizações dos Espíritos benevolentes, que nos auxiliam, estão muito acima de qualquer cogitação do meu espírito estreito, cabendo-me a obediência. Eles me proporcionam a honra do engajamento no trabalho deles em nome de Jesus, nosso Divino Mestre e Senhor, segundo as instruções fundamentais de Allan Kardec, no Cristianismo atualmente redivivo.


Francisco Cândido Xavier

Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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