O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Depois da travessia — Autores diversos


ANEXO B


Sobre o uso da prancheta

Conforme o leitor verificará ao longo deste livro, algumas mensagens foram recebidas com o auxílio da prancheta, por indicação do próprio Emmanuel, que, na qualidade de orientador das tarefas psicográficas que deram origem à extensa bibliografia do médium Chico Xavier, solicitou a inclusão da pontuação ao alfabeto existente, aprimorando sobremaneira a recepção das mensagens, proporcionando a integralidade de seu entendimento. Nesse trabalho, revezavam-se com Chico Rômulo e Maria — na maioria das vezes — ora impondo as mãos, ora anotando.

A título de informação, e de conformidade com o Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, de João Teixeira de Paula, a prancheta é conceituada como segue:


“(…) Peça móvel em que há um indicador (ou ponteiro). Que percorre mediunicamente o alfabeto (em forma de quadrante), os algarismos de 0 a 9 e as palavras SIM e NÃO ali colocados e por meio dos quais se obtém comunicações espiríticas. Um autor, que naturalmente muito lidou com a prancheta, assim a descreve: “Por meio da prancheta obtém-se extensas comunicações, sem demasiada fadiga para o médium. A prancheta deve ser, de preferência, de madeira lisa ou polida, com as dimensões de cerca de dezoito por dezoito centímetros. Num dos bordos haverá um cartão resistente para designar as letras e os algarismos inscritos no quadro. Esse quadro é constituído por uma folha de papel resistente, com as dimensões de quarenta e cinco por trinta, no qual se inscrevem, em duas linhas, as letras do alfabeto suficientemente distanciadas umas das outras. Uma terceira linha é reservada para os algarismos de zero a dez. Por baixo dessa terceira linha são inscritas as palavras “sim” e “não”, à direita do quadro. A prancheta só necessita de um médium e de uma única mão — e é assim que se obtém os melhores resultados, conquanto certos experimentadores não consigam utilizá-la senão com duas pessoas que pousem a mão perto uma da outra. O quadro é colocado em cima de uma mesa: o médium pousa a mão estendida na parte inferior direita do alfabeto. É indiferente pôr uma ou outra mão. É nessa atitude que se aguarda que a prancheta se mova. (…) quando a prancheta está prestes a mover-se, o médium sente, geralmente, um formigamento no braço, no pulso ou nos dedos. O aparelho, então, dirige-se para as letras suscetíveis de formar palavras e, depois, frases. A prancheta necessita de muito pouco fluido e o médium não sente a menor fadiga. (…) O uso assíduo da prancheta é um bom caminho para a mediunidade de incorporação. (…) Prancheta, no sentido espirítico, é galicismo, pois provém do nome de seu inventor, Planchette, espírita francês que, em 1853, teve a feliz ideia da invenção do dispositivo mediúnico.”


Wanda Amorim Joviano

Organizadora     



Nota da organizadora: PRANCHETA. In: PAULA, João Teixeira de. Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo. São Paulo: Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais, 1970. p. 71-73. Texto constante da obra Deus conosco (VINHA DE LUZ, 3ª ed., 2010), às p. 49-50.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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