O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Depois da travessia — 1ª Parte — Autores diversos


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Sacrossantos deveres

12|04|1939


1 Meus caros filhos,
Deus vos conceda a fortaleza necessária em face das lutas da existência terrestre!

2 Nas vésperas de teu regresso, meu prezado Aurélio, em busca de nossas lutas nas organizações da Cruz, n quero trazer-te o meu abraço de sempre, rogando a Deus que te abençoe, bem como à nossa querida Julinha, no desempenho de seus sacrossantos deveres. Na Cruz, meu caro, há sempre o campo de trabalho, onde precisamos mobilizar todos os nossos esforços. Eu espero que continues com a mesma dedicação de sempre ao lado de nossos companheiros e realizações, disseminando os seus benefícios. 3 Ao nosso lado, no Plano espiritual, temos um nobre amigo, desencarnado há quase um século. Trata-se do ex-Marechal de Campo Joaquim Norberto Xavier de Brito, n desencarnado no Rio de Janeiro em 17 de julho de 1843, achando-se ainda os seus despojos no antigo Convento de Santo Antônio.  †  Joaquim Norberto era português de origem e constitui um dos baluartes de nossos trabalhos em nossa preciosa organização beneficente. Peço a Deus que nos torne a todos sempre dignos de suas mercês no caminho sagrado de nossas atividades individuais.

4 Engracinha está presente, tendo vindo também para trazer o seu ósculo de amor à Julinha. Deus abençoe a todos os presentes!

5 Esperando que prossigas no mesmo ideal de sempre, sou o velho amigo de todos os dias,

Antoninho  n



Notas da organizadora:

[1] Em referência à Irmandade da Santa Cruz dos Militares, da qual vovô Aurélio foi provedor por muitos anos.


[2] Joaquim Norberto Xavier de Brito (Lisboa, c. 1774 — Rio de Janeiro, 1º de julho de 1843) foi um militar luso-brasileiro. Iniciou sua carreira na Academia de Marinha, prosseguindo seus estudos na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. Em 1796, foi promovido a tenente, sendo incorporado no ano seguinte ao Real Corpo de Engenheiros, servindo sob as ordens do Mal. Duque de Lafões. Foi promovido a capitão em 1805 e passou depois a servir no Arquivo Militar, onde chegou ao posto de major. Em 1809, foi encarregado de elaborar a carta militar de uma parte da província de Estremadura. No ano seguinte, foi nomeado para fortificar a Vila de Miranda do Corvo e organizar e dirigir os corpos de milícias e ordenanças necessários à guarnição da vila. Em 1809, foi encarregado das fortificações e linhas de defesa de Lisboa. No final do mesmo ano, foi posto à disposição do Cel. Fletcher, comandante dos engenheiros do Exército, ficando empregado na construção das linhas de defesa da capital, onde ficou até 22 de junho de 1815, quando foi promovido a tenente-coronel, a fim de seguir para o Brasil, junto da Divisão de Voluntários Reais. No Rio de Janeiro, foi encarregado do depósito da Armação. No posto de coronel, em 1819, foi transferido para o corpo de engenheiros do Exército brasileiro. Na capitania da Ilha dos Açores, foi encarregado das obras das fortalezas. Regressou ao Rio no ano seguinte, seguindo para o Rio Grande do Sul como inspetor de fronteiras. Em 14 de abril de 1821, foi nomeado comandante do Corpo de Engenheiros e diretor do Arquivo Militar. Foi promovido a brigadeiro em 1822 e efetivado em 1824. Em 31 de março desse ano, jurou à Constituição do Império do Brasil. Foi promovido a marechal de campo em 1832 e designado para vogal do Conselho Supremo Militar. Em 1837, foi promovido à eletividade do posto de marechal de campo e transferido para a reserva em agosto de 1842, por questões de saúde. Foi sepultado no cemitério São Francisco de Paula, no Rio. Informações disponíveis em:  † Acesso em 22 out. 2012.


[3] Alcunha carinhosa pela qual tratavam o Mal. Antonio José Maria Pêgo, meu bisavô.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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