O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Ceifa de Luz — Emmanuel


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Aflição

“Olhai por vós mesmos…” — JOÃO (2 João, 8)


1 Cada criatura retorna à Terra com a aflição que lhe diz respeito às lides regeneradoras.

2 Aflição que nos expressa o passado renascente ou nos define o débito atuante na Contabilidade Divina.


3 Aqui, é a enfermidade, que o tempo trará inevitável, quando precisa, ao campo de nossos impulsos inferiores.

4 Ali, é a condição social, repleta de espinhos, em que se nos reajustarão as diretrizes e os pensamentos.

5 Acolá, é o templo doméstico, transformado em cadinho de angustiosos padecimentos, caldeando-nos emoções e ideias, para que a simplicidade nos retome a existência.

6 Além, é a tarefa representativa em que o estandarte do bem comum exige de nós os mais largos testemunhos de compreensão e renúncia, reclamando-nos integral ajustamento à felicidade dos outros, antes de cogitar de nossa própria felicidade.


7 Em toda parte, encontra a criatura a aflição quando vista por ensinamento bendito, propondo-lhe as mais belas conquistas espirituais para a Esfera Superior.


8 Entretanto, se o caminho terreno é a nossa prova salvadora, somos em nós o grande problema da vida, de vez que estamos sempre interessados na deserção do trabalho difícil que nos conferirá o tesouro da experiência.


9 Trânsfugas do dever, nas menores modalidades, achamo-nos sempre à caça de consolação e reconforto, disputando escusas e moratórias, com o que apenas adiamos indefinidamente a execução dos serviços indispensáveis à restauração de nós mesmos.

10 Saibamos valorizar a nossa oportunidade de crescimento para o Mundo Maior, abraçando na aflição Construtiva da jornada o medicamento capaz de operar-nos a própria cura ou o recurso suscetível de arrojar-nos a mais altos níveis de evolução.


11 Não bastará sofrer.
É preciso aproveitar o concurso da dor, convertendo-a em roteiro de luz.


12 Colocados, desse modo, entre as provações que nos assinalam a senda de cada dia, usemos constantemente a chave do sacrifício próprio, em favor da paz e da alegria dos que nos cercam, porque somente diminuindo as provações alheias é que conseguiremos converter as nossas em talentos de amor para as Bem-aventuranças Imperecíveis.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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