O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Caminhos de volta — Autores diversos


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Abuso de drogas

Na véspera de nossa reunião, comentávamos, num grande grupo de amigos, o problema do abuso de drogas, que vai assumindo grandes proporções em nosso tempo. O assunto ficara em suspenso. Mas, na sessão pública da noite imediata, O Livro dos Espíritos ( † ) nos deu a estudo a questão 950, levando-nos a analisar os caminhos difíceis do suicídio. No encerramento de nossas tarefas, Emmanuel escreveu a página “Apoio no Lar”, ponderando quanto à importância do auxílio espiritual no lar, para que nos afastemos das induções ao suicídio ou à fuga de nossos compromissos.


APOIO NO LAR

1 Com relação ao suicídio indireto, conhecemos de perto os companheiros que enveredam no excesso de drogas psicoativas.

2 Não se acham eles circunscritos aos resultados do abuso de substâncias químicas psicoalteradoras que os marginalizam em sofrimentos desnecessários.

3 Se atravessam as barreiras da desencarnação em semelhante desequilíbrio, conservam no corpo espiritual os estigmas da prática indébita que os levou à degeneração dos seus próprios centros de força.

4 E podemos afirmar que não atingem o Mais Além na condição de trabalhadores que alcançaram o fim do dia, agradecendo a pausa de descanso e sim na posição dos trânsfugas de sanatórios em que lhes cabia assistência mais longa.

5 Alucinados e dependentes das drogas que não souberam respeitar, demoram-se em regimes de reajuste e, quando recobram a própria harmonia, reconhecem-se dilapidados por si mesmos nos mecanismos e estruturas do veículo espiritual, preparando-se para reencarnações difíceis em que o berço terrestre lhes servirá de cela hospitalar.

6 Este é o quadro que se nos oferece hoje na Terra quase como sendo catástrofe mundial nos dois lados da vida humana.

7 Todos sabemos disso e todos estamos procurando os melhores meios de erradicar a calamidade:

  8 preceitos de justiça que controlem com segurança o fornecimento de psicotrópicos; apelos à medicina para que se lhes dificulte a indicação;

  9 combate às plantações de vegetais determinados, quando essas plantações lhes facultam a origem;

  10 ou restrições legais ao fabrico de semelhantes agentes para que se lhes reduzam as facilidades de acesso.


11 Entretanto, lembramos ainda um ingrediente que pode e deve ser chamado à defesa geral contra a expansão do hábito pernicioso que se vai transformando atualmente em pandemia — o apoio no lar aos corações fatigados ante as provas e desafios do cotidiano.

12 A vivência da compreensão fraterna, que assegura o socorro incansável da tolerância construtiva é o antídoto da solidão e da fuga através das quais milhares de criaturas estão encontrando o processo obsessivo e o desequilíbrio, a enfermidade e a morte.

13 Através da abnegação e da renúncia, usa o entendimento e a bondade, garantindo, quanto possível, a tranquilidade e a segurança dos seres que te forem confiados e estarás vacinando o teu próprio ambiente contra as manifestações de quaisquer forças negativas.


14 Não precisamos conceituar aqui os estragos e arrasamentos de natureza psicológica, decorrentes da inconformação e da violência nos grupos sociais ou domésticos a que nos vinculamos.

15 Serve e perdoa, socorre e ajuda sempre entre as paredes do lar, sustentando o equilíbrio dos corações que se te associam à existência e se te interessas realmente no combate ao suicídio e à deserção, reconhecerás os prodígios que se obtêm dos pequenos sacrifícios em casa por bases da terapêutica do amor.


Emmanuel


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