O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Ante o futuro — Familiares diversos


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Octávio Rocha

ESCLARECIMENTOS


Nascimento: 13 de maio de 1928. Desencarnação: 29 de agosto de 1978. Idade: 50 anos.

Esposa: Geny Giatti Rocha. Rua Mata Machado, 151. São Paulo — SP.

Ida — Irmã de Dona Geny, acompanhou-a a Uberaba.

Rocha — Avô desencarnado.

Alice — Amiga Espiritual.

Otavinho — Otávio Rocha Junior, desencarnou em 02.09.1972.

Tia Ida — Irmã da progenitora de Dona Geny, Octávio Rocha não a conheceu quando encarnado.

Seu velho: Expressão de tratamento carinhoso que os filhos não conheciam.


COMENTÁRIOS


Na noite de 29.08.1978, algo estranho incomodava Dona Geny Giatti Rocha.

“Senhor, o que está me acontecendo”?

Nesta expressão Geny Giatti Rocha procurava em Jesus o que lhe acontecia.

Nesse momento seu esposo Octavio Rocha desencarnava vítima de assalto.

Em sua sala de visitas à espera do esposo e, com a mesa posta para o jantar, Dona Geny tricotava, quando sentiu um impacto como se lhe tivessem cortado as veias do pé e um tremor profundo em seu corpo.

Assustada, não entendia o que se passava consigo naquele momento. Foi como se estivesse sendo agredida por algo que a desequilibrava totalmente.

Exatamente no período das 19:20 às 19:30 horas, Octavio Rocha era assaltado, arrancado do seu veículo, atirado ao chão e morto.

Dona Geny falou-nos:

“Enfraquecida pelo acontecimento e por tudo o que se comentava, por ter estado em Tarde de Autógrafos em São Bernardo do Campo em que Chico estivera, vi-me impulsionada a visitá-lo em Uberaba. Assim fiz três meses após. Lá chegando, preparei-me para a reunião da noite.

Nessa reunião Chico viu o meu neto. Iluminou-me a esperança, apesar de eu achar que com três meses era muito pouco tempo para uma mensagem.

Na madrugada do sábado, vi o meu esposo ao meu lado. No final dos trabalhos, Chico lê a mensagem de Octavio para a minha alegria.

Um fato em 1974 que gostaria de registrar: eu estava muito doente, e, em uma das muitas tardes de autógrafos em que Chico se apresentava, nas diversas regiões de São Paulo, em Instituições de Caridade, ao passar por ele, recebi de suas mãos uma rosa, como muitas outras que ele distribuía.

Ao chegar em casa, guardei-a na gaveta em uma embalagem plástica. Após algum tempo fui procurá-la pensando já estar murcha. Qual não foi a minha surpresa ao ver que a rosa se tornara líquida. Entendi que ali estava o remédio para o meu desconforto físico. Misturei-o com água e bebi.

Chico é uma luz a nos guiar em nossa época.

Mantenho em meu quarto em agradecimento e respeito por tudo o que recebi desse coração de amor, um pôster com sua foto, o qual velo com muito amor e carinho.

A mensagem que Chico nos transmite, seja ela falada ou escrita, elucida-nos completamente.

A cada família, a sua mensagem, sem se comentar sobre o ocorrido, no seu texto a sua verdade. Quem passa por este momento de dor entende perfeitamente o valor, a grandiosidade que representa uma mensagem de um ente querido.

Tomara pudéssemos ser os exemplos de fé para essas pessoas, por já termos passado e recebido o esclarecimento; mas, apenas podemos dizer acreditem firmemente na vida após a morte do corpo!

É a verdadeira vida, não temos outro caminho, senão seguir os roteiros que Deus nos traça para o soerguimento de cada ser habitante deste planeta.


MENSAGEM


1 Querida Geny, rogo a bênção de Deus em nosso auxílio.

2 Vejo você com a nossa irmã Ida e penso em nossa vida feliz, com os filhos queridos, enquanto podíamos viver mais juntos.

3 Venho com o meu avô Rocha e com a nossa mãe Alice, rogar a você firmeza de fé e muita paciência a fim de vencermos na prova que o vinte e nove de agosto iniciou para nós dois.

4 Seu velho não morreu, assaltantes do mundo não passam além do corpo. Podem balear-nos, balançar as nossas forças, mudar o rumo de nossas realizações e despojar-nos dos bens que supomos aí sejam nossos, entretanto, não nos atingem a alma.

5 Na noite em que me vi cercado, qual se fora um animal pernicioso, para entregar o carro aos que me alijaram do próprio corpo físico, tremi por você que eu deixava, quase que indefesa, conquanto o devotamento de nossos filhos já casados; mas, no íntimo, as orações da infância me vieram tão nítidas à cabeça que consegui me entregar a Deus, embora os nossos irmãos infelizes julgassem que me rendia à exigência deles. 6 No fundo de meus sentimentos sabia, por intuição, que nada acontece por acaso e entendi sem revolta o impacto da situação que me colhia de improviso.

7 Agradeço as suas preces e, por muitas vezes, vou à Mata Machado, nossa rua, a fim de sentir de mais perto as suas preces a Jesus por mim.

8 Querida esposa, a noite passou e o que temos pela frente é um amanhecer de luz que considero sem fim.

9 Aqui me encontro amparado por muitos amigos e até o nosso querido Otavinho é hoje um companheiro para mim. 10 Mas a saudade naturalmente vive comigo, à maneira de abençoado laço de carinho que nos reúne, um ao outro, para sempre.

11 Não guarde ressentimentos contra ninguém. Aqui aprendemos que cada um de nós carrega consigo a bagagem do que faz e, para que os nossos erros sejam devidamente reparados, bastar-nos-á viver, de vez que a existência por si é um tecido de causas e efeitos em constante ação e reação uns sobre os outros.

12 Os amigos das indústrias metalúrgicas continuam sendo os companheiros fiéis de trabalhos, e sou muito grato a todos eles.

13 A tia Ida está presente envolvendo você e a cunhada no carinho de todos os dias. Desejava ser mais extenso, no entanto, devo encerrar minhas presentes notícias.

14 Aos nossos filhos e às famílias queridas que ambos nos oferecem, os nossos votos de muita felicidade.

15 Lembranças a todos os nossos e, para você, querida Geny, todo amor e gratidão do companheiro que se sente feliz em viver dia por dia em seu coração.

Sempre o seu

Octavio.


Rubens S. Germinhasi


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