Apostilas da Vida — André Luiz


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No serviço assistencial n

Desista de brandir o açoite da condenação sobre aspectos da vida alheia.

Esqueça o azedume da ingratidão em defesa da própria paz.

Não pretenda refazer radicalmente a experiência do próximo a pretexto de auxiliá-lo.

Remova as condições de vida e os objetos de uso pessoal, capazes de ambientar a humilhação indireta para os outros.

Evite categorizar os menos felizes à conta de sentenciados à fatalidade do sofrimento.

Não espere entendimento e ponderação do estômago vazio de companheiros necessitados.

Aceite de boa mente os pequeninos favores com que alguém procure retribuir-lhe os gestos de fraternidade [e as lembranças singelas].

Seja pródigo em atenções para com o amigo em prova maior que a sua, desfazendo aparentes barreiras que possam surgir entre ele e você.

Conserve invariável clima de confiança e alegria ao contato dos companheiros de ideal e trabalho.

Não recuse doar afeto, comunicabilidade e doçura, na certeza de que a violência é inconciliável com a bênção da simpatia.

Sustente pontualidade em seus compromissos e nunca demonstre impaciência ou irritação.

Dispense intermediários nas tarefas mais simples e cumpra o que prometer.

Mantenha uniformidade de gentileza em qualquer parte, com todas as criaturas.

Recorde que o auxílio desorientado pode tornar-se prejuízo para quem o recebe e, acima de tudo, saiba sempre que a assistência fraterna é dever comum pois aquele que doa ao bem de si, recebe constantemente o bem de todos.


André Luiz



[1] Esta mensagem, psicografada por Waldo Vieira e não por Francisco Cândido Xavier, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1963 pela editora CEC e é a 24ª lição do livro: “Ideal Espírita.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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