O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vinha de luz — Emmanuel


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Não basta ver

“E logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.” — (LUCAS, 18.43)


1 A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo sincero do Evangelho.

2 O enfermo de boa vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. 3 E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a confiança no Divino Poder.

4 A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. Quase todos os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo que a dádiva desça aos caprichos perniciosos que lhes são peculiares, sem qualquer esforço pela elevação de si mesmos à bênção do Mestre.

5 Raros procuram o Cristo à luz meridiana; e, de quantos lhe recebem os dons, raríssimos são os que lhe seguem os passos no mundo.

6 Daí procede a ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contato com a fé.

7 Em razão disso, a Terra está repleta dos que creem e descreem, estudam e não aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.

8 Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário.

9 O que, porém, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, será redimido.

10 É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.


Emmanuel



Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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