O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Viajores da luz — Familiares diversos


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Carlos Alberto Andrade Santoro

Carlos Alberto nasceu em São Paulo, capital, no dia 6 de agosto de 1951, e faleceu em acidente aéreo no dia 23 de fevereiro de 1972, na Fazenda dos Portugueses, município de Nhandeara, próximo a Votuporanga, cidade onde o nosso biografado residia.

Vinte anos apenas, quando de seu falecimento, iria iniciar o curso de ciências na Faculdade de Ciências e Letras de Votuporanga. Funcionário da Câmara Municipal local, fazia também o curso de piloto civil e, quando o avião caiu, encontrava-se junto de seu próprio instrutor, Denizard Vidigal, que também sucumbiu ao acidente.

Filho do Capitão Constantino Santoro e de D. Almira Andrade Santoro, deixou 4 irmãos: Antônio Carlos, Carlos Almir, Carlos Alcir e Rosa Andrade Santoro. Jovem espírita, membro da Mocidade Espírita Emmanuel de Votuporanga, que chegou a presidir, teve participação intensa no movimento espírita da região.

Talvez pela formação religiosa, aliada à sólida cultura que despontava em um rapaz de apenas 20 anos, é que se explica o fato de sua manifestação por Chico Xavier ser tão rica de citações, e o que mais causa estupefação, por apresentar a particularidade da lembrança de uma vida imediatamente anterior, quando sabemos que as recordações do passado não surgem com tanta facilidade assim, principalmente se considerarmos a necessidade de adaptação do espírito ao Plano Espiritual, nos primeiros tempos que se lhe seguem à liberação da experiência física.

O leitor observará no comunicado, entre outros, um fato de importante significação: — ao reconhecer-se “morto” para o nosso mundo, CARLOS ALBERTO sentiu-se transportado, não para Votuporanga, mas para a vizinha cidade de Rio Preto, onde teria vivido sua encarnação imediatamente anterior, quando participou da Revolução Constitucionalista de 1932.

Aí, surpreendeu companheiros de vivência anterior, nomeando-os ao pai. Diz, Carlos Alberto, em determinado trecho do noticiário transmitido: “Encontrei muitos companheiros de doutrina que me ajudaram, mas eu sempre tinha uma profunda admiração por nossos rapazes mortos, ao tempo de certas lutas. Papai, o senhor lembrará facilmente. Eram os nomes de Carmo Turano, de Elydio Verona, de Isoldes, de Antônio Duarte e de João Batista de Araújo que eu sempre rememorava”.

Importante registrar que um dos jovens citados na mensagem — João Batista de Araújo — não tem o seu nome inscrito nas lápides, mas trata-se efetivamente de um revolucionário de 1932, nascido em Franca — SP, no final do século passado, e falecido em combate.

Carmo Turano nasceu em Rio Preto no ano de 1910, Antônio Duarte é natural de Tambaú, tendo nascido em 1905; Elydio Antônio Verona, nasceu em 1913 na cidade de São Carlos e Isoldes (Ipiroldes Martins Borges) é de Serra Azul, 1915, cidades do interior paulista.

Destacamos esse tópico do texto psicografado, a fim de gravar especialmente algo que não é comum: a regressão logo após a morte às recordações de uma vida imediatamente anterior, com o reencontro de companheiros de então.

A nosso ver, só esse pequeno trecho da carta, com a menção de nomes difíceis e invulgares, já demonstra a grandeza de espírito de CARLOS ALBERTO, além de, mais uma vez, evidenciar a limpidez da transmissão mediúnica de Chico Xavier.

Vamos, então, à palavra de CARLOS ALBERTO ANDRADE SANTORO, psicografada na noite de 11 de março de 1977, cinco anos após a desencarnação.


PRIMEIRA MENSAGEM DE CARLOS ALBERTO n


1 Meu querido papai, minha querida mãezinha e meus irmãos. Peço a bênção de Deus para nós todos.

2 Dias cobrem os dias e até as cousas que conhecemos na Terra se superpõem umas às outras, dando a ideia de que o esquecimento domina tudo.

3 Dizemos “tudo passa”, entretanto, meus amados, “tudo fica”, porque os negativos fotográficos estão incrustados no gabinete da memória e basta querer para que as imagens se reproduzam com todos os traços que desejamos lembrar e até mesmo com aqueles outros que possivelmente não quereríamos rever.

4 Digo assim para mostrar-lhes que o nosso lar feliz está em mim, como sempre, que Antônio Carlos está em meu coração, como sendo o irmão de quem nunca desejava me separar, que o Carlos Almir, Carlos Alcir, a Rosa n e todos os nossos estão comigo, como se eu vivesse no cinema da saudade, embora com os filmes da juventude presente, repletos de esperanças e de sol.

5 Papai, eu sei que o senhor desejava minhas notícias. Penso que pela intuição, o senhor e a mamãe sabem tudo. Sabem que eu não queria vir para cá cedo assim, que a minha sede de aprender nunca se esgotava e foi por isso que o Aero Clube me conquistou.

6 Posso dizer que deixei o meu corpo terrestre aprendendo… Compreendo. Isso não dá conformação, nem alegria, mas, de algum modo, me sinto satisfeito ao pensar que sempre tentei cumprir os meus deveres de rapaz cristão e espírita, com bastante conhecimento da responsabilidade de viver. 7 Não sei até hoje por que manobras o aparelho nos desobedeceu. Vi nos olhos do instrutor Denizard aquela expressão de espanto que me contagiava, mas isso não durou muito tempo. 8 A queda era verdadeira e a perda do corpo não menos certa. 9 Creiam, porém, que as nossas conversações e preces me ajudaram no momento X. 10 Entendi que o meu raciocínio sofrera um baque indescritível e que os pensamentos me escorriam da cabeça para fora, assim como quando o sangue escapa das veias num processo hemorrágico.

11 Meus últimos pensamentos, porém, naquela hora de mudança, foram para Deus, pedindo a Ele, nosso Pai Celeste os fortificasse, que desse aos meus pais e irmãos queridos, compreensão e conformidade. 12 Mas vocês, queridos pais, reconhecem como dói no coração aquela expressão “nunca mais”. Eu sabia que esse “nunca mais” se referia ao corpo e não a mim, o Espírito imortal que sobreviveria ao desastre, mas, ainda assim, o gosto de adeus é por demais amargo para que a gente o sinta sem chorar… 13 Chorei, dentro de uma imobilidade que eu não saberia descrever, e, em seguida, notei que mãos de enfermagem me anestesiavam. 14 Era o sono, o sono da bênção, porque, entre a morte do corpo e o renascimento na Vida Espiritual, Deus colocou um desmaio providencial. 15 Quando acordei, me vi sem qualquer ligação com o nosso amigo Denizard e com a nossa gente amiga de Votuporanga.

16 Pensava naqueles companheiros de tarefa de todos os dias. Papai, lembrava-me de todos: do Lidaí, do Dr. Orlando, do Carmelo e do Romeu; n entretanto, como que uma nova personalidade estava em mim, como imagem que estivera oculta. 17 Vi-me em outra cidade diferente da nossa e sentia-me ligado espontaneamente a todos os que me vigiavam com ternura. n

18 Meu avô Santoro n estava velando por mim, mas no meu íntimo eu era outro rapaz do tempo em que o país estava convulsionado por lutas muito grandes. Tive a ideia de estar na cidade onde havia assumido o compromisso de deixar o corpo violentamente. 19 Despertava sob os céus em que fizera a dívida que eu resgatara. Conte papai, tudo isso ao Romeu. Parecia sonhar, mas não era sonho. Eu me via na cidade onde me fizera devedor.

20 Acordei, achava-me num educandário-hospital dirigido por antigos Benfeitores de São José do Rio Preto. Meu bisavô Santoro me afagava e minha Tia Maria n me falava com bondade, mas não precisavam doutrinar-me quanto à grande renovação. 21 Ouvi as preces da mãezinha e os acontecimentos de casa, naqueles instantes recentes, que se sucediam à minha desencarnação violenta, desenrolavam-se diante de meus olhos com uma persistência de pasmar. 22 Então compreendi que mesmo nós, os espíritas da mocidade e da madureza, ao que penso, não nos achamos assim tão preparados para a transferência de Plano, como julgamos, porque o choro do Antoninho Carlos me arrasava e as lágrimas do senhor e da minha mãe caíam sobre minh’alma como se fossem gotas de algum ácido que me queimava por dentro todas as energias do coração.

23 Mas a prece veio por brisa de amor apagar o fogo do sofrimento que lavrara. A conformação perante as Leis de Deus nos instilava vida nova e fui melhorando. 24 Encontrei muitos companheiros de doutrina que me ajudaram, mas eu sempre mantinha uma profunda admiração por nossos rapazes mortos, ao tempo de certas lutas. 25 Papai, o senhor lembrará facilmente. Eram os nomes de Carmo Turano, de Elydio Verona, de Isoldes, de Antônio Duarte e de João Batista de Araújo n que eu sempre rememorava. Pois todos eles me apareceram na beleza do ideal que viveram para a terra que Deus me dera para viver. Formei com eles e outros um pequeno grupo de trabalho e cooperadores de antigos mestres da cidade, dentre os quais o professor Benedito Correa, as professoras D. Ana Veronesi, D. Rosa Albano, D. Maria Júlia Alvarenga e D. Gertrudes do Amaral Sales n e estamos colaborando com a nossa juventude e com os nossos amigos de Rio Preto, na parte espiritual da cidade, sempre tão querida e sempre tão nossa. 26 O serviço a fazer, graças a Deus, tem crescido para a nossa felicidade, não que desejamos venham os outros a precisarem de nós, mas pela oportunidade de aprendermos a ser úteis, precisando muito mais deles do que eles de nós. 27 Aqui reformulei o que eu pensava da caridade. Aquele que nos recebe com amor nos dá sempre muito mais do que qualquer valor que lhe possamos oferecer.

28 Creio que Espíritos existem que pedem a Deus existências de imensa luta, não só para se elevarem, mas a fim de se converterem no material de ensino àqueles outros que se colocam na condição de doadores. 29 Às vezes, damos um momento de assistência espiritual e recolhemos lições para muitos meses de meditação construtiva.

30 Trabalhar estudando e estudar trabalhando para mim são dois verbos que se complementam. Continuemos, querido pai, agindo na construção do bem, quando pudermos. 31 Só o bem permanece nas recordações que ficam, porque só o bem fornece alegria bastante para ser recordado.

32 Antônio Carlos, peço a você não esmoreça. Um dia, você observará que as tarefas executadas em regime de obstáculo têm muito mais valor que as outras feitas por nós, com os movimentos livres. Estamos juntos. Agradeço a fé em Deus e na Vida com que me fitam os retratos. 33 Agradeço à mãezinha esse silencioso amor, recheado de saudade que recebo todos os dias. Para nós, em verdade, a dor da saudade é muito grande porque é mais consciente.

34 Não choramos pela separação assim como quem caminha sem rumo, mas sentimos a ausência com aquela certeza de reencontro que tanto mais dói, quanto mais demora a acontecer. Estamos, contudo, com Deus e em Deus. Vivemos e trabalhamos, dialogamos e nos entendemos uns aos outros, sempre juntos.

35 Agora é o ponto final em papel e lápis. Noite a dentro, continuaremos em nosso intercâmbio, agradecendo a Jesus a felicidade de crer e o dom de esperar sem desesperar.

36 Queridos paizinhos e queridos irmãos agradeçam por mim os amigos que me toleraram, escrevendo esta carta de filho saudoso.

37 Ainda um ponto. O nosso amigo Denizard está em outros setores de que não posso fornecer notícias tão detalhadas. Mas sei que vai bem.

38 Queridos meus, recebam o coração do filho reconhecido e do irmão que não os esquece.

39 Seja a bênção de Deus com todos vocês, e que as estrelas da paz e da união continuem enfeitando a nossa casa por dentro, para que o nome de Jesus seja sempre para nós todos uma luz e uma bênção, são os meus votos, votos do coração do filho e irmão reconhecido.


Carlos Alberto


NOTAS E COMENTÁRIOS


1 — Antônio Carlos, Carlos Almir, Carlos Alcir, Rosa —Irmãos de Carlos Alberto, já identificados.

2 — Lidaí, Dr. Orlando, Carmelo e Romeu — amigos de Votuporanga e Rio Preto: Lidaí Benini, Dr. Orlando Van Erven Filho, Carmelo Grisi e Romeu Grisi, nomes já nossos conhecidos do livro Vida no Além. À época do falecimento de Carlos Alberto estavam todos encarnados: hoje, já se encontram no Plano Espiritual, o Lidaí Benini, Dr. Orlando Van Erven Filho e o Sr. Carmelo Grisi, este recentemente desencarnado em São José do Rio Preto.

3 — “Entretanto, como que uma nova personalidade estava em mim, como imagem que estivera oculta. Vi-me em outra cidade diferente da nossa e sentia-me ligado espontaneamente a todos os que me vigiavam com ternura” — Sobre essas palavras de Carlos Alberto já nos detivemos no capítulo precedente, quando aludimos a recordações dele, com relação a existência anterior.

4 — Meu avô Santoro — Vicente Santoro, falecido em 1966, com 80 anos de idade, em Votuporanga.

5 — Bisavô Santoro e Tia Maria — Miguel Santoro, desencarnado em 1940, na cidade de Leme, SP. Evidentemente, Carlos Alberto não o conheceu em vida. Provavelmente a Tia Maria seja sua tia-avó, Ana Maria Santoro, falecida nos idos de 1922 e conhecida como Tia Maria.

6 — Carmo Turano, etc., já comentamos a respeito anteriormente.

7 — Benedito Correa, Ana Veronesi, Rosa Albano, Maria Júlia Alvarenga e Gertrudes Amaral Sales — Professores da década de 20, em Rio Preto. O leitor pode observar nesta mensagem de Carlos Alberto, além da suave beleza de suas colocações, inúmeros fatos e dados do completo desconhecimento do médium, desde a recordação dos jovens combatentes de 1932, até a lembrança de nomes de professores de Rio Preto, da época quase do início do século, além da citação de familiares já desencarnados e dos quais o Chico não possuía qualquer conhecimento. Aliás, é justo ponderar que o Chico ignorava os próprios nomes dos irmãos de Carlos Alberto… É a certeza da sobrevivência do espírito, única explicação lógica para o fato que analisamos: simplesmente, o jovem Carlos Alberto, através da mediunidade de Chico Xavier, voltou e conversou com os pais, comentando a sua vida nova no Plano Espiritual.


MAIS UMA VEZ, CARLOS ALBERTO


Dizem os Votuporanguenses que sentiram uma pontinha de ciúmes, ao lerem a mensagem de CARLOS ALBERTO ANDRADE SANTORO, endereçada aos pais e publicada em página anterior deste livro.

Ocorre que o jovem se referiu a Rio Preto, quanto a suas anteriores ligações com a grande cidade do noroeste paulista, mas pouco se reportou a Votuporanga, onde residiu por muitos anos, até a sua morte.

Certamente captando o “descontentamento” dos amigos de Votuporanga, CARLOS ALBERTO voltou uma semana depois da primeira manifestação e, através do Chico, transmitiu o seguinte recado, que, pela riqueza de revelações, compeliu os mais ardorosos moradores de Votuporanga, qual Romeu Grisi, a buscarem nos arquivos da cidade os esclarecimentos necessários:


SEGUNDA MENSAGEM DE CARLOS ALBERTO n


1 Meu caro Romeu e prezada Irmã Hilda. Jesus nos abençoe.

2 Peço digam a meus queridos pais e aos companheiros de nossa querida terra de Votuporanga, que não me esqueci daquele pedaço de chão abençoado e florido em que temos tão grande parte do coração.

3 Esclareço que após 1932, quando partilhei de lutas grandes, renasci de uma família disciplinada e afetuosa, supervisionada pelo entendimento e responsabilidade de militares dignos, mas meu tempo em Votuporanga seria curto, porque os meus compromissos haviam ficado mais fortemente estampados em São José do Rio Preto.

4 Entretanto, meu caro Romeu, diga, por favor aos nossos companheiros que tamanho é o meu carinho por Votuporanga, que, na segunda-feira última, dia 14, à noite, acompanhei o nosso amigo, Dr. Orlando, à região em que se localizava a fazenda Marinheiro de Cima, para assistir à festa dos quarenta anos da ideia de formação da cidade que nos fala tão de perto ao sentimento.

5 Aí se reuniram os pioneiros que oravam agradecendo a Deus a dádiva da cidade e progresso dela. Estávamos não longe de Cosmorama e bandeiras tremulavam. Em algumas delas vi os nomes de fundadores, como sejam o irmão Demétrio Acácio de Lima, o irmão Sebastião Braga, o irmão Guilherme Von Trumbach e o irmão Otávio Ritter. Nomes eram muitos, se me engano em alguns, perdoem-me os erros de memória.

6 A Vila Monteiro foi recordada, o trabalho dos iniciadores relembrado carinhosamente, e dali rumamos para a cidade propriamente considerada, onde visitamos o Albergue Noturno Allan Kardec e o “Bezerra de Menezes”.

7 E, nesse sentido, rogo a você, Hilda e ao nosso Carmelo, encorajarem o Carmelinho nas tarefas de direção. Serviço com Jesus é começar com sinceridade que o resto a fazer aparece, em forma de recursos espontâneos, trazidos por aqueles mesmos que amam a Jesus e a sua obra de fraternidade Universal.

8 Muita cousa teria a dizer sobre reencarnação e desencarnação, vida e memória, mas precisava deste adendo à nossa mensagem que você, meu caro Romeu, saberá emplacar em termos de explicação e raciocínio certo.

9 Agora, é dizer “Boa Noite” e agradecer. Um beijo aos meus pais e irmãos, especialmente ao Antônio Carlos, nosso querido Carlinhos.

10 E vocês meus bons amigos, recebam o abraço muito fraterno do irmão e companheiro reconhecido.


Carlos Alberto


COMPLEMENTO


Romeu Grisi e a esposa, Hilda Sestini Grisi, são nomes já familiares aos nossos leitores. Estão ligados aos Espíritos co-autores neste livro, por laços de afinidade, pois Carlos Alberto, Lidaí Benini, Domingos Pignatari e o Prof. Cícero residiam em Votuporanga e participavam do grupo espírita dirigido por Romeu Grisi.

Encontramos esclarecimentos às citações de Carlos Alberto na Revista Comemorativa do Jubileu de Prata de Votuporanga (8/8/1937 a 8/8/1962):

A Fazenda Marinheiro de Cima foi criada pelo “rei do café” de Ribeirão Preto, Francisco Schmidt, que, em 1936, a vendeu à firma Theodor Wille, da capital paulista.

Esta, através de seu representante Guilherme Von Trumbac, resolveu retalhar as terras em lotes, contratando para tanto os serviços do Engenheiro Otávio Ritter. Estavam lançados os alicerces de Votuporanga.

No dia 8 de agosto de 1937, com a presença das personalidades lembradas, além de autoridades e mais um grupo de compradores de lotes, foi oficialmente fundada a cidade de Votuporanga, com a celebração de missa campal, pelo P. Izidoro Cordeiro Paranhos. Os nomes de Demétrio Acácio Lima e Sebastião Braga, constantes do comunicado, além dos já acima referidos, são de fundadores da cidade.

Na mensagem existe ainda a lembrança de duas instituições espíritas de Votuporanga: o Albergue Noturno Allan Kardec e o Bezerra de Menezes, nome do Departamento Assistencial da Sociedade Beneficente Irmã Elvira.

Vila Monteiro é o antigo nome do Município de Alvares Florence, distante 14 km de Votuporanga.

Carmelo Grisi e Carmelinho ou Carmelo Grisi Júnior, são o genitor e o irmão de Romeu Grisi.


Caio Ramacciotti



[1] Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, na noite de 11 de março de 1977, em Uberaba, MG.

[2] Página obtida por Francisco Cândido Xavier a 18 de março de 1977, em Uberaba, MG.


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