O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras sublimes — Autores diversos


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O homem lobo

1 Passa gritando, escravo do tormento,
Dentro de fria noite, atra e sem fim,
O triste descendente de Caim,
Chocalhando mandíbulas ao vento.


2 Entroniza o moloque famulento
Da guerra em torvo e lúbrico festim,
Embora a podridão que lhe abre o rim
E o cancro que lhe gasta o pensamento.


3 Homem — flâmeo e sinistro vagalume —,
Que te vestes de pó, fósforo e estrume,
Equilibrado em forças desiguais,


4 Sem Jesus Cristo que te não repele
— Prometeu algemado à carne imbele
O teu castigo não se acaba mais. n


Augusto dos Anjos




Reformador — Outubro de 1948.


[1] Consta do original a informação de que esse soneto foi psicografado em 29 de junho de 1948, em reunião pública do Centro Espírita Amor ao Próximo, em Leopoldina, Minas Gerais.


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