O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras sublimes — Autores diversos


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A morte

1 Vi a morte rondando longa estrada…
Na destra em luz mostrava fina guante
E no olhar doloroso e coruscante
Trazia o espanto da alma torturada…


2 Vendo-a lúgubre e só, de mim diante,
Perguntei-lhe: — “Que fazes, desvairada?
Por que semeias cinza, angústia e nada
Sob os passos da vida soluçante?”


3 Contudo, erguendo a voz sinistra e bela,
Respondeu: — “Não me acuses! Sou aquela
Renovadora mão que tudo invade!


4 Sem minha férrea luva merencória
Ninguém atingiria a própria glória
Nos palácios de sol da Eternidade!”  n


Antero de Quental




Reformador — Setembro de 1948.


[1] Consta do original a informação de que esse soneto foi psicografado em 15 de fevereiro de 1948, em Belo Horizonte.


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