O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Evangelho por Emmanuel — Volume V — 2ª Parte ©

Textos paralelos de Atos dos apóstolos e Paulo e Estêvão

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Viagem para Derbe e Listra

Atravessava a Síria e a Cilícia, tornando resolutas as igrejas […]. — (Atos 15:41)


1 Em companhia de Silas,  †  que se harmonizara com as suas aspirações de trabalho, o ex-rabino partiu de Antioquia,  †  internando-se pelas montanhas e atingindo sua cidade natal, depois de enormes dificuldades. Breve, o companheiro indicado por Simão Pedro habituava-se com o seu método de trabalho. Silas era um temperamento pacífico, que se enriquecia de notáveis qualidades espirituais, pelo seu devotamento integral ao Divino Mestre. Paulo, por sua vez, estava plenamente satisfeito com a sua colaboração. Palmilhando longos e impérvios caminhos, alimentavam-se parcamente, quase só de frutas silvestres eventualmente encontradas. O discípulo de Jerusalém, todavia, revelava alegria uniforme em todas as circunstâncias.


2 Antes de atingir Tarso,  †  pregaram a Boa Nova, no curso mesmo da viagem. Soldados romanos, escravos misérrimos, caravaneiros humildes, receberam de seus lábios as confortadoras notícias de Jesus. E não poucos escreveram, à pressa, uma que outra das anotações de Levi, preferindo as que mais se ajustavam ao seu caso particular. Por esse processo, o Evangelho difundia-se, cada vez mais, enchendo de esperanças os corações.


3 Na cidade do seu berço, mais senhor das convicções próprias, o tecelão que se consagrara a Jesus espalhou a mancheias os júbilos do Evangelho da Redenção. Muitos admiraram o conterrâneo, cada vez mais singularmente transformado; outros prosseguiram na tarefa ingrata da ironia e do lamentável esquecimento de si mesmos. Paulo, no entanto, sentia-se forte na fé, como nunca. Defrontou a velha casa em que nascera, reviu o sítio ameno onde brincara os primeiros tempos da infância; contemplou o campo de esportes onde guiara sua biga romana; mas exumou as recordações sem lhes sofrer a influência depressiva, porque tudo entregava ao Cristo como patrimônio em cuja posse poderia entrar mais tarde, quando houvesse cumprido seu divino mandato.


4 Depois de breve permanência na capital da Cilícia,  †  Paulo e Silas procuraram alcançar os cumes do Tauro,  †  empreendendo nova etapa da rude peregrinação em começo.

Noites ao relento, sacrifícios numerosos, ameaças de malfeitores, perigos sem conta foram enfrentados pelos missionários que, todas as noites, entregavam ao Divino Mestre os resultados da recolta e, pela manhã, rogavam à sua misericórdia não lhes faltasse com a valiosa oportunidade de trabalho, por mais dura que fosse a tarefa diária. […]


Emmanuel



(Paulo e Estêvão, FEB Editora. Segunda parte. Capítulo 6, pp. 355 e 356. Indicadores 1 a 4)


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