O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Leis de amor — Emmanuel — F. C. Xavier / Waldo Vieira


VII


O tratamento das doenças e o Espiritismo

1 — O Espiritismo pode contribuir para o tratamento das doenças?

A Doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.

Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais e coletivas.


2 — Existe uma patologia da alma?

Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.


3 — Por que acontece assim?

Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto daqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; respondem por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algema dupla na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranquilos.


4 — Como classificar o reduto doméstico, onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos de existências passadas?

Do ponto de vista mental, os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna minada por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.


5 — Qual o papel dos princípios espíritas diante dos conflitos familiares?

Diante desses conflitos, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.


6 — Qual o ponto fundamental do socorro espírita nos males de origem doméstica?

Evidenciando a reencarnação, destacam o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.


7 — Como classifica a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consanguinidade?

Proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, catalogam os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.


8 — Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?

Despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura, em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.


9 — A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?

Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.


10 — Em que fórmulas essenciais se baseia a terapêutica espírita?

Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.


11 — Quais são os medicamentos do Espírito?

Nas atividades espíritas, colherás n do magnetismo sublimado benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados te reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.

Se abraçaste, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no mundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que efluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” ( † )


Emmanuel




QUESTIONÁRIO

1. — O Espiritismo pode contribuir para o tratamento das doenças?
2. — Existe uma patologia da alma?
3. — Por que acontece assim?
4. — Como classificar o reduto doméstico, onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos de existências passadas?
5. — Qual o papel dos princípios espíritas diante dos conflitos familiares?
6. — Qual o ponto fundamental do socorro espírita nos males de origem doméstica?
7. — Como classifica a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consanguinidade?
8. — Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?
9. — A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?
10. — Em que fórmulas essenciais se baseia a terapêutica espírita?
11. — Quais são os medicamentos do Espírito?



(Este capítulo foi psicografado por Waldo Vieira.)


[1] [Observar na resposta à última questão a diferença da filtragem mediúnica entre os dois médiuns que receberam esse livro; quando Emmanuel afirma: “colherás” ele utiliza o verbo na 2ª pessoa do singular, diferentemente do uso corriqueiro da 3ª pessoa do plural quando se serve do outro médium nas mesmas circunstâncias.]


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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