O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Estude e viva — Emmanuel / André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira


Estude e viva

1 Estude e viva.

2 Valorizamos o ágape comum, em que se debatem assuntos corriqueiros de vivência humana.

3 Como desinteressar-nos dos encontros espíritas, nos quais se ventilam questões fundamentais da vida eterna?

4 A reunião espírita não é um culto estanque de crença embalsamada em legendas tradicionalistas. Define-se como sendo assembleia de fraternidade ativa, procurando na fé raciocinada a explicação lógica aos problemas da vida, do ser e do destino.

5 Todos somos chamados a participar dela.
Falar e ouvir.
Ensinar e aprender.


6 Estamos defrontados no Espiritismo por uma tarefa urgente: desentranhar o pensamento vivo de Allan Kardec dos princípios que lhe constituem a codificação doutrinária, tanto quanto ele, Kardec, buscou desentranhar o pensamento vivo do Cristo dos ensinamentos contidos no Evangelho.


7 Capacitemo-nos de que o estudo reclama esforço de equipe. E a vida em equipe é disciplina produtiva, com esquecimento de nós mesmos, em favor de todos.

8 Destacar a obra e olvidar-nos.

9 Compreender que realização e educação solicitam entendimento e apoio mútuo.

10 Associarmo-nos sem a pretensão de comando.

11 Aceitar as opiniões claramente melhores que as nossas; resignarmo-nos a não ser pessoa providencial.

12 Em hipótese alguma, admitir-nos num conjunto de heróis e sim num agrupamento de criaturas humanas, em que experiências difíceis podem ocorrer a qualquer momento. 13 Nunca menosprezar os outros, por maiores as complicações que apresentem. Por outro lado, aceitar com sinceridade e bom humor as críticas que outros nos enderecem. 14 Esquecer as velhas teclas da maldição aos perversos, da sociedade corrompida, da humanidade a caminho do abismo ou do tudo deve ser feito como os guias determinaram. 15 Não subestimar o perigo do mal, todavia, procurar o bem acima de tudo e favorecer-lhe a influência; 16 não ignorar os erros da coletividade terrestre, mas identificar-lhe os benefícios e auxiliá-la no aprimoramento preciso; 17 não cerrar os olhos aos enganos da Humanidade, contudo, reconhecer que o progresso é lei e colaborar com o progresso, em todas as circunstâncias; 18 não fugir ao agradecimento devido aos benfeitores e amigos desencarnados, entretanto, não abdicar do raciocínio próprio e nem desertar da responsabilidade pessoal a pretexto de humildade e gratidão para com eles.


19 Somos trazidos à escola espírita, a fim de auxiliarmos e sermos auxiliados, na permuta de experiências e na aquisição de conhecimento.


20 Este livro é uma demonstração disso. Encontro informal entre companheiros encarnados e desencarnados, em torno da obra libertadora de Allan Kardec. Explanações, definições, ideias e comentários. Em suma, convite sintético ao estudo.21 Estudar para aprender. Aprender para trabalhar. Trabalhar para servir sempre mais.
Estude e viva.

22 Pense no valor de sua cooperação na melhoria e no engrandecimento da equipe de que participa, esteja ela constituída no templo doutrinário ou em seu culto doméstico de elevação espiritual.

23 Não esquecer que o seu auxílio ao grupo deve ser tão substancial e tão importante quanto o auxílio que o grupo está prestando a você.


André Luiz


Uberaba, 11 de fevereiro de 1965.

(Página recebida pelo médium Waldo Vieira.)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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