O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Amizade — Meimei


Amizade

1 Contam as tradições da Vida Espiritual que o apóstolo João, em se retirando Jesus da ceia que lhe precedeu o encarceramento, perguntou-lhe, agoniado: — Senhor, por que predizes a nossa separação? Por que nos deixarás, segundo profetizas?

2 Acompanho-te os passos e ouço-te as pregações, não porque busque fortuna ou poder, influência ou renome… 3 É que encontrei contigo o que buscava, a compreensão e o amor fraterno, a simpatia e o conhecimento… Senhor, não nos abandones, precisamos de ti…

4 O Cristo afagou-lhe a cabeça e passou a novas instruções, dentre as quais, afirmou: — “Já não vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” (João, 15.15)

5 Amigos foi a titulação mais expressiva que Jesus destacou do vocabulário para definir os companheiros.

6 Isso naturalmente ocorreu, porque nenhum de nós consegue algo realizar sem amigos que nos comunguem os pensamentos e nos auxiliem a concretizar os próprios anseios.




7 Pensando na riqueza espiritual da amizade é que Meimei, a irmã que se fez mensageira da Vida Superior, escreveu as páginas deste livro em que se lhe extravasa o coração. 8 Instada a faze-lo, através de irmãos diversos, ela reuniu neste volume formosa coleção de seus próprios apontamentos para que venhamos a saber o que ela conheceu dos Emissários do Cristo, no sentido de testemunhar-te, caro leitor, a gentileza da Espiritualidade Maior, empenhada a responder-te, quanto possível, as indagações.

9 Já que não podes comprar doses de coragem, ou comprimidos de paciência, nem adquirir frascos de esperança ou injeções de fé nas instituições do mundo, eis que te oferecemos ao coração as páginas de amizade deste livro, em que Meimei distribui generosamente os mais belos conhecimentos da vida em frases despretensiosas e simples, 10 com os nossos votos ao Senhor para que sejamos todos nós — os Espíritos encarnados e desencarnados ainda vinculados à Terra — sempre mais amigos uns dos outros para que, todos juntos, possamos prosseguir na construção do caminho de união e paz, solidariedade e amor que nos religará, de todo, ao Pai Celestial.


Emmanuel


Uberaba, 21 de fevereiro de 1977.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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